Africanos maltratados na China devido ao coronavírus, diz diplomata congolês
Brazzaville, Congo (PANA) - O cônsul geral do Congo em Guangzhou, na China, Emmanuel Ebolo, alertou o Governo congolês para maus tratos, nomeadamente abusos sanitários ligados ao coronavírus, de que são vítimas Africanos residentes naquela cidade, soube a PANA, no último fim de semana em Brazzaville, de fonte oficial.
Numa nota de informação enviada ao Governo congolês, Emmanuel Ebolo evoca estas sevícias sob várias formas, incluindo “a recusa de permitir aos Africanos em visita de negócios a Guangzhou hospedar-se em hotéis desta cidade, a submissão dos estudantes e de empresários ao teste obrigatório do coronavírus.“
Percetíveis desde o início da semana passada, estes maus tratos são perpetrados pelo Escritório da Segurança Pública na província de Guanghzou, em particular.
Segundo Emmanuel Ebolo, os Africanos estão submetidos a uma quarantena apesar dos resultados negativos do teste e de não terem viajado para o estrangeiro.
Os Africanos estão fechados nos seus apartamentos e as chaves guardadas pela Polícia, indignou-se o diploma, acrescentando que, como não foram avisados, eles estão sem alimentos nem água.
Por sua vez, autoridades chinesas justificam as suas atitudes pelo recrudescimento da doença, explicando que a maioria dos doentes são casos importados, dos quais vários Africanos.
-0- PANA MB/BEH/FK/DD 13abril 2020
