Agência Panafricana de Notícias

Aeroporto de Maitigua de novo bombardeado

Trípoli, Líbia (PANA) – Forças do autoproclamado Exército Nacional líbio do marechal Khalifa Haftar bombardearam quarta-feira última o aeroporto de Maitigua, nos arredores leste de Trípoli, anunciou uma fonte militar do Governo de União Nacional.

Seis mísseis de tipo Grad foram lançados contra esta infraestrutura, o que o Governo de União Nacional líbia considera como "uma nova violação do cessar-fogo proclamado a 12 de janeiro corrente".

Único aeroporto que garante a ligação do mundo à cidade capital, Trípoli, o aeroporto de Maitigua é constantemente alvo de bombardeamentos, desde o lançamento, a 4 de abril último, da ofensiva militar pelo marechal Khalifa Haftar para tomar o controlo da capital e da província ocidental, e derrubar o regime do Governo de União Nacional.

Esta situação resultou nom encerramento do mesmo durante mais de dois meses, devido a ameaças à navegação aérea e à segurança de viajantes e de aviões.

Um porta-voz das forças do Governo de União Nacional, o coronel Mohamed Ganounou, declarou que, quarta-feira, “as forças de Haftar bombardearam o aeroporto internacional de Maitigua, com seis mísseis Grad.”

O coronel Ganounou, citado por uma publicação no site da Operação Militar “Vulcão da Raiva”, frisou que este bombardeamento é “uma nova violação repetitiva do cessar-fogo, pois ele ameaça o tráfego aéreo.”

Um cessar-fogo proclamado a 12 de janeiro corrente pelos dois campos, após o apelo dos Presidentes russo, Vladimir Putin, e turco, Recep Tayyip Erdogan, continua em vigor, apesar do fracasso na sua formalização através do acordo de cessar-fogo, assinado em Moscovo (Rússia), a 13 de janeiro corrente, pelo presidente do Conselho Presidencial líbio, Fayez al-Sarraj, sem o marechal Khakifa Haftar que se recusou a rubricá-lo.

O Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, advogou, quarta-feira última, no termo duma sessão à porta fechada do Conselho de Segurança, a consolidação desta trégua frágil, marcada por violações.

Também pediu que se pressionasse os beligerantes líbios e seus respetivos apoaintes a fim de permitir a retomada do processo  político.

-0- PANA BY/JSG/SOC/FK/DD 22jan2020