Agência Panafricana de Notícias

Advogados nigerianos exigem demissão do Presidente da República

Lagos, Nigéria (PANA) - A Ordem dos Advogados Nigerianos (NBA) pediu à Assembleia Nacional para empreender um processo de demissão contra o Presidente da República, Goodluck Jonathan, na sequência da decisão da sua administração de suprimir a subvenção dos produtos petroleiros que ocasionou um aumento vertiginoso dos custos de bens e serviços no país.

Num comunicado, a NBA considera imperioso que seja lançado um processo de destituição se o Presidente Jonathan não ponderar esta decisão.

A NBA convidou igualmente os seus membros a apoiarem uma greve de duração indeterminada anunciada para próxima semana pelas organizações síndicais a propósito deste aumento dos preços de combustíveis que passaram de 65 nairas (40 céntimos americanos) para um valor compreendido entre 141 nairas (90 céntimos americanos) e 200 nairas (1,3 dólar americano).

Neste comunicado assinado pelo seu presidente, Joseph Daudu, a organização lamenta que o « Governo tenha aproveitado a fraqueza da população depois dos atentados de Natal e dos ataques terroristas de Boko Haram para mandar anunciar sem escrúpulo, através da agência de regulamentação dos preços dos produtos petroleiros, a supressão da subvenção das mesmas substâncias».

«Se o Governo se empenhasse com o mesmo rígor na lutar contra a corrupção a todos os níveis do Governo e da sociedade em geral, biliões de nairas poderiam ser encontrados para projetos de desenvolvimento», indicam os advogados.

Eles consideram que o mínimo a fazer é ponderar imediatamente este aumento injustificado e provocador do preço de gasolina.

Sobre a posição da NBA concernente à greve iminente, Daudu declarou que a NBA consulta ativamente os síndicatos e outras organizações profissionais e a sociedade cívil.

«Todos os membros da NBA deverão participar na greve geral que vai começar a 09 de janeiro de 2012. Esta greve será a ocasião, para todos os advogados, de suspender as suas atividades a nível dos tribunais salvo as necessárias para acentuar a pressão sobre o Governo», concluiu.

-0- PANA SEG/FJG/DIM/DD 07janeiro2012