Agência Panafricana de Notícias

ADI inconfortável com resultados das legislativas em São Tomé e Príncipe

São Tomé, São Tomé e Príncipe (PANA) - O primeiro-ministro são-tomense em gestão Patrice Trovoada admitiu esta segunda-feira que a maioria simples obtida pelo seu partido nas eleições legislativas o obrigará necessariamente a aceitar uma coligação para governar nos próximos quatros anos, soube-se de fonte oficial em São Tomé

“Nos tivemos um processo que consideramos justo, livre e transparente”, declarou Patrice Trovoada, na sua primeira comunicação oficial, poucas horas antes da Comissão Eleitoral Nacional ter anunciado os resultados provisórios das eleições legislativas e autárquicas e regional ocorridas domingo último.

“Como democrata que somos qualquer que seja o resultado destas eleições, respeitá-lo-emos para o bem da democracia e dos São-tomenses”, afirmou o também deputado da Ação Independente Democrática (ADI, partido no poder) pelo círculo eleitoral de Lobata e candidato à sua sucessão.

Ele disse achar que, de acordo com os resultados provisórios divulgados pela CEN, a governação não será possível com coligações.

O filho do ex-Presidente da República Miguel Trovoada (de 1995 a 2001 e de 1991 a 1995) admitiu por isso que a ADI fará aliança com o Movimento de Cidadão Independentes que obteve dois deputados em Cauê.

Os resultados são "bastante apertados" e, para se evitar qualquer polémica para o apuramento final, o primeiro-ministro são-tomense cessante disse acreditar que poderá haver uma reviravolta nos resultados tendo em conta que, sublinhou, algumas assembleias distritais estão a apurar ainda os resultados.

"O MLSTP/PSD (Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe-Partido Social Democrático) vem de algum tempo para cá com alguma estratégia que é sempre de contestação dos resultados, o processo foi livre transparente e vamos aguardar que a comissão eleitoral dê os resultados provisórios.

A ADI, segundo os resultados provisórios da CEN, obteve 25 assentos, uma maioria simples que representa uma redução de oito deputados em comparação com o ano de 2014 em que o partido no poder conquistara uma maioria absoluta de 33 assentos.

-0- PANA RMG/DD 09out2018