Agência Panafricana de Notícias

400 aldeias malianas abandonam prática de excisão

Bamako- Mali (PANA) -- Apesar de alguns bolsos de resistência, a luta contra a prática das Mutilações Genitais Femininas (MGF) registou progressos significativos no Mali com o abandono por mais de 400 aldeias desta prática que baixou assim de 95 para 85 porcento, soube a PANA junto do ministério da Mulher, Criança e Família.
De acordo com a Direção do Programa Nacional de Luta contra a Excisão (PNLE), este resultado deve-se a ações de defesa e sensibilização destinadas a decisores públicos e à população maliana, à assistência das vítimas das complicações desta prática e aos testemunhos cada vez mais crescentes de pessoas ou famílias vítimas deste mal.
Também concorreram para este resultado o papel desempenhado pelas associações e Organizações Não-Governamentais (ONG) nesta mudança de mentalidades, bem como a adesão de vários líderes de opinião à luta contra a excisão.
Para a direção do PNLE, a ausência duma lei específica que proiba a prática da excisão deve-se sobretudo a obstáculos socioculturais, deixando vislumbrar a elaboração e a implementação de planos de ação suscetíveis de apoiar ações já iniciadas logo após o fórum dos religiosos malianos ocorrido em Junho último em Mopti, ao nordeste de Bamako.
Este encontro, indica-se, permitiu uma melhor compreensão entre os líderes de opinião e os atores da luta contra esta prática.