Agência Panafricana de Notícias

Nova direção do Conselho Superior da Imprensa votada em São Tomé e Príncipe

São Tomé, São Tomé e Príncipe (PANA) - Juciley Patrique, juiz do tribunal de primeira instância de São Tomé e Príncipe, foi reconduzido no cargo de presidente do Conselho Superior da Imprensa (CSI), para um mandato de três anos, soube-se sábado de fonte oficial em São Tomé.

Com 31 votos favoráveis do partido da Ação Democrática Independente (ADI, no poder), foi aprovado o projeto de composição de novos membros do Conselho Superior da Imprensa, que reconduziu o juiz do tribunal de primeira instância para mais três anos.

O jovem magistrado que liderou o órgão que vela pela liberdade de imprensa no arquipélago no período entre 2012 e 2015 voltou a merecer a confiança do Conselho Superior da Magistratura.

Da direção anterior, José Manuel Noronha, antigo locutor e animador da Rádio Nacional de São Tomé e Príncipe, mereceu novamente a confiança do Presidente santomense Manuel Pinto da Costa, para estar na organização sob proposta da Presidência da República.

Ambrósio Quaresma, diretor do diário eletrónico "Parvo" e atual consultor da Rádio Nacional e representante da Comunicação Social na Comissão Eleitoral Nacional, mereceu também a confiança do Governo de Patrice Trovoada para representar o Executivo nesse órgão.

Por seu turno, a jornalista Tâmara Aguas, chefe de Departamento de Informação da Televisão Santomense (TVS), foi designada para integrar o CSI de imprensa sob proposta da Assembleia Nacional, enquanto que sua colega da Rádio Nacional, Anita Bandeira, foi indicada pelo Sindicato dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social.

Aurélio Silva, secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores do Estado (STE), integra também o Conselho na qualidade de representante da sociedade civil.

Os dois principais partidos da oposição abstiveram-se na votação por considerarem, segundo o deputado Jorge Amado, do MLSTP/PSD (Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe/Partido Social Democrata), e Danilson Coto do PCD (Partido da Convergência Democrática), tratar-se de um processo "ilegal e viciado".

Jorge Amado afirmou, no plenário, não concordar que a Assembleia Nacional (Parlamento) designe dois representantes, pelo que a sua bancada parlamentar "vai recorrer para o Tribunal Constitucional para anular o processo".

-0- PANA RMG/IZ 30jan2016