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Alemã Ursula von der Leyen eleita presidente da Comissão Europeia

Bruxelas, Bélgica (PANA) – A ministra alemã da Defesa, Ursula von der Leyen, foi nomeada presidente da Comissão Europeia, um posto muito cobiçado do Executivo Europeu.

Finalmente, os líderes europeus entenderam-se sobre a cidadão eleita alemã, nascida em Bruxelas e mãe de sete filhos, após a eliminação do Neerlandês Frans Timmermans e do Alemão Manfred Weber que o Presidente francês, Emmanuel Macron, não queria ver neste posto.

Após prolongamento, os trabalhos da cimeira especial  europeia, iniciados no último fim de semana, terminaram terça-feira última em Bruxelas  com um acordo sobre a nomeação das personalidades à frente das instituições europeias.

O posto de presidente do Conselho Europeu, que preside às reuniões dos chefes de Estado e de Governo, coube a Charles Michel, o primeiro-ministro cessante da Bélgica, enquanto o de alto representante para a Política Exerna e Segurança Comum (PESC) foi atribuído a Josep Borrel, atual ministro espanhol dos Negócios Estrangeiros.

Finalmente, o posto de presidente do Banco Central Europeu (BCE) incumbe à Francesa Christine Lagarde, atual diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI).

O Parlamento Europeu, reunido quarta-feira para a sua primeira sessão em Estrasburgo, França, elegeu como seu presidente, o Italiano David-Maria Sassoli.

Assim sendo, o calendário foi respeitado e as instituições europeias podem entrar em atividade em conformidade com o Tratado que rege a União Europeia (UE).

Já era sem tempo de dotar as instituições europeias dos seus animadores, na medida em que, em finais de  julho corrente, Boris Johnson, o homem do Brexit duro, será provavelmente eleito à frente do Governo britânico.

Ele já anunciou que o Reino Unido não pagará à UE os 40 biliões de euros decididos, para a sua saída da UE, por Michel Bernard Barnier (político francês e funcionário da UE que, desde dezembro de 2016, serve como negociador- chefe europeu para o Reino Unido que sai da UE) e por Theresa May, primeira-ministra britânica cessante. 

Para Boris Johnson, seja como for, o Reino Unido vai retirar-se  da UE a 31 de outubro próximo, o que terá como consequência a retirada, do Parlamento Europeu, dos 78 deputados britânicos eleitos durante eleições europeias de 26 de maio último.

O facto de Charles Michel ter sido eleito presidente do Conselho Europeu pode ser uma vantagem para defender o processo da cooperação para o desenvolvimento no seio do Executivo Europeu, na sua qualidade de ex-ministro belga da Cooperação, antes de aceder ao posto de primeiro-ministro da Bélgica.

O Acordo de Cotonou, assinado em 2000, entre a UE e os países de África Caraíbas e Pacífico (ACP), expirará em fevereiro de 2020.

Será preciso, até lá, definir-se o quadro da nova parceria que liga a UE ao Grupo dos Países de ACP, e sobretudo concluir os Acordos de Parceria Económica (APE), que deverão ligar a UE às quatro regiões africanas, designadamente a África Ocidental, a África Central, a África Oriental e a África Austral.

Os APE devem conduzir à integração harmoniosa dos países ACP na economia mundial.

-0- PANA AK/BEH/SOC/FK/DD 3julho2019