Agência Panafricana de Notícias

África do Sul congratula-se com resultados de luta contra paludismo

Paris- França (PANA) -- A África do Sul instaurou uma estratégia de luta contra o paludismo que lhe permitiu controlar a doença numa larga parte do seu território, declarou sexta-feira, em Paris, a diretora executiva da Parceria "Fazer Recuar o Paludismo", Awa Marie Coll Seck.
"O paludismo já não existe na África do Sul, excepto no norte do país.
Pode-se qualificar esta situação de sucesso já que a doença é muito localizada no país", afirmou Seck, numa entrevista à PANA.
A ex-ministra senegalesa da Saúde indicou que vários outros países africanos obtiveram bons resultados na luta contra o paludismo ao associar a distribuição dos mosquiteiros impregnados de insecticida ao acesso ao tratamento contra a patologia.
"Recentemente, falava-se de um ou dois casos de sucesso no continente, hoje temos vários.
Posso citar, entre outros êxitos, a Guiné-Equatorial, a Etiópia, Moçambique, a Tanzânia com a ilha de Zanzibar e a Zâmbia", regozijou-se Seck.
Segundo ela, o aumento espectacular dos financiamentos internacionais para os programas nacionais de luta contra o paludismo nos países africanos contribuiu sobremaneira para o seu sucesso.
As somas concedidas pelos doadores a este combate passaram de 100 milhões de dólares americanos anualmente para cerca de um bilião 600 milhões entre 2003 e 2009, referiu-se.
"Temos a prova formal de que quanto mais os programas nacionais de luta contra a malaria beneficiarem da ajuda internacional mais eles obtêm muito bons resultados.
Devemos contudo prosseguir com a tendência do aumento da ajuda internacional", declarou Seck.
Primeira causa de mortalidade em África, o paludismo provoca anualmente cerca de 12 biliões de dólares americanos de perda no Produto Interno Bruto (PIB) do continente.