Agência Panafricana de Notícias

Iniciativas da Bacia do Congo permitem reduzir e limitar desflorestação, diz governante congolês

Brazzaville, Congo (PANA) - As iniciativas dos países da Bacia do Congo permitiram reduzir e limitar o desmatamento, a degradação florestal, as emissões de gás com efeito de estufa e aumentar a capacidade de sequestração do CO2 (dióxido de carbono) e o estoque de carbono florestal, declarou domingo em Brazzaville o ministro congolês da Economia Florestal, Henri Djombo.

Intervindo na abertura duma reunião internacional que agrupa cerca de 150 participantes vindos do mundo sobre o Fundo do Carbono Florestal, Djombo disse no entanto que os países pertecentes à bacia do Congo esperam por recursos financeiros consequentes para apoiar os seus esforços de gestão duradoura dos ecossistemas florestais, garantir a sua transição para a economia verde, um instrumento precioso do desenvolvimento sustentável, e lutar contra a pobreza.

Os países da Bacia do Congo, segundo pulmão do planeta após a do Amazonas, reclamaram domingo em Brazzaville por mais financiamentos por parte dos doadores de fundos, para a instauração do processo REDD (Emissões Ligadas à Deflorestação e à Degradação da Floresta) e a preservação das suas florestas que regulam o clima mundial.

A Bacia do Congo agrupa dez países, designadamente Angola, Burundi, Camarões, Gabão, a
República Centroafricana /RCA), a República do Congo, a República Democrática do Congo (RDC), o Rwanda, a Tanzânia e a Zâmbia, e o conjunto das suas florestas cobrem mais de 200 milhões de hectares da África Central, disse.

Estas extensões florestais conhecem uma taxa de desmatamento inferior a 0,2 porcento, ou seja uma das mais fracas da cintura tropical, segundo o Banco Mundial (BM) que contribui com cerca de 30 milhões de dólares americanos para um programa florestal no Congo, acrescentou.

Para o diretor das operações do BM para o Congo, Eustache Ouayoro, os países pertencentes a este espaço geográfico deverão, em primeiro lugar, contar com os seus próprios meios "porque o desenvolvimento concerne antes de tudo às suas próprias populações".

"Todos os países têm meios. Os financiamentos externos apenas vão complementar", insistiu Ouayoro sublinhando que os meios procurados só concernem aos financiamentos e aos recursos humanos.

-0- PANA MB/JSG/MAR/DD 21out2012