Agência Panafricana de Notícias

Visita de Presidente ganense em destaque na imprensa togolesa

Lomé- Togo (PANA) -- A breve visita efectuada quarta-feira última ao Togo pelo novo Presidente ganense, Avans Atta-Mills, dominou os títulos dos jornais togaleses.
Saudando esta visita, o diário governamental "Togo Presse" destaca que "vários sectores de cooperação multiforme foram explorados".
Para o "Chronique de la Semaine", "ficará na história a data da chegada do chefe do Estado ganense a Lomé como um acontecimento de uma importância capital para os Togoleses", por causa "do passado tumultuoso das relações entre o Togo e o Gana".
Sublinhando a desconfiança das autoridades togolesas após a chegada do Congresso Nacional Democrático (NDC) ao poder no Gana, o jornal escreve que "veleidades de desestabilização surgiram novamente com a vitória desta formação política que agrupa vários agitadores da oposição togolesa da diáspora que se deslocaram massivamente a Accra (capital ganense) na sequência da eleição de Atta-Mills à Magistratura Suprema do Gana".
Com o título "Faure Gnassingbé à Procura de Apoio", o "Forum de la Semaine" parece comentar no mesmo sentido, adiantando "que não é segredo para ninguém que após oito anos de cumplicidade entre os dirigentes togoleses e ganenses, o regresso ao poder do NDC deixa perplexa a Presidência togolesa".
"Mais do que uma simples visita de amizade, um apoio eleitoral?", interroga-se o "Golfe Info", que vê nisso uma "estratégia de sedução das novas autoridades ganenses para demonstrar a sua cooperação sobretudo fronteiriça".
O jornal sublinha igualmente "a necessidade de se simpatizar com o NDC o mais rápido possível, tendo em conta o passado mais ou menos hostil" entre o regime do ex-Presidente ganense Jerry Rawlings e o de (ex-Presidente togolês) Gnassingbé Eyadéma (pai do actual chefe de Estado).
Segundo o Golfe Info, com a viagem de Atta-Miils, as autoridades ganenses deram insónia às suas homólogas de Togo.
"Nesta visita não há cumplicidade das autoridades do Gana e do Togo que fazem sempre fraudes eleitotais", indica o "Le Perroquet", receando que Lomé não contamine Accra.