Agência Panafricana de Notícias

Tunísia encomenda dois milhões de vacinas Pfizer anticovid-19

Túnis, Tunísia (PANA) - A Tunísia concluiu um acordo bilateral com o laboratório americano Pfizer para a aquisição da primeira tranche de um milhão de doses da vacina anticovid-19, no final do primeiro trimestre ou início do trimestre de 2021, anunciou o diretor do Instituto Pasteur de Túnis.

Numa entrevista à PANA, Hachemi Louzir, que lidera a campanha de vacinação na Tunísia, disse que uma segunda entrega de mais um milhão de vacinas da Pfizer está prevista para abril a julho deste ano.

Deu conta das negociações em curso sobre a possível aquisição da vacina russa Sputnik, referindo que foi emitida uma autorização “urgente e provisória” para colocar esta vacina no mercado tunisino, sem que haja encomenda por enquanto.

A Tunísia tenciona vacinar 50 por cento da sua população de cerca de 12 milhões até ao próximo verão.

Para atingir este objetivo, aderiu ao programa multilateral KOVACS, iniciado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com o apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e do Banco Mundial.

Ela espera a entrega gradual de 4,8 milhões de vacinas, incluindo uma primeira tranche de 93 mil doses a serem fornecidas pelo laboratório da Pfizer em meados de fevereiro de 2021, que será seguida por 600 mil a um milhão de doses da vacina AstraZenica, um grupo farmacêutico nascido da fusão em abril de 1999 da sueca Astra e da britânica Zeneca.

Também está prevista a aquisição de 2,4 milhões de doses da vacina dos laboratórios Pfizer, AstraZeneca e Johnson and Johnson (Estados Unidos), no quadro da iniciativa da União Africana (CDC África).

Louzir anunciou um acordo de princípio celebrado com o Banco Mundial para o financiamento da aquisição destas vacinas, cujo custo será suportado pelo Estado.

A vacina será ministrada gratuitamente aos Tunisinos e residentes estrangeiros, incluindo os em  situação irregular, em alusão aos milhares de imigrantes, em particular subsaarianos estabelecidos na Tunísia.

“Queremos obter a quantidade máxima no menor tempo possível e iniciar rapidamente a vacinação”, insistiu Louzir que admitiu “um ligeiro atraso” nesta campanha devido ao elevado número de contaminações e mortes, já acima de sete mil desde março passado.

-0- PANA BB/JSG/MAR/IZ 09fev2021