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Três professores vencem Prémio UNESCO-Guiné Equatorial

Paris, França (PANA) – Os professores norte-americano Cato Laurencin, irlandês Kevin McGuigan e chinês Youyou Tu venceram a edição 2019 do Prémio Internacional UNESCO-Guiné Equatorial para a Pesquisa em Ciências da Vida de 2019. 

Cato T. Laurencin, engenheiro biomédico e cirurgião ortopédico e que detém a cadeira emérita Albert e Wilda Van Dusen de cirurgia ortopédica da Universidade de Connecticut, é professor em engenharia regenerativa aplicada ao desenvolvimento de materiais de uso clínico e em ciências das células estaminais, nanotecnologia  e  sistema de administração de medicamentos.

Mais de um milhão de pacientes no Mundo beneficiaram dessas inovações.

Por seu turno, o professor irlandês, do Colégio Real dos Cirurgiões na Irlanda  (RCSI),  foi recompensado pelas suas pesquisas em desenvolvimento e aplicação da técnica de desinfeção solar da água (solar water Disinfection ou SODIS), que permite lutar contra as doenças de origem hídrica de que são vítimas as  pessoas que não têm acesso à água potável particularmente, em África e na Ásia.

"A sua iniciativa é pioneira, não apenas para as pesquisas em laboratório, mas sobretudo no terreno, entre as comunidades mais expostas às doenças transmitidas pela água nos países em desenvolvimento.

"O seu grupo de pesquisa demonstrou, desde 1996, o impacto da utilização da SODIS  sobre a diarreia infantil, depois  sobre a disenteria. A sua eficácia contra todos os principais agentes patógenos transmitidos pela água foi depois demonstrada”, sublinhou a UNESCO.

Enquanto isso, a professora Youyou Tu, da Academia das Ciências Médicas Chinesas, vencedora do Prémio Nobel da Medicina de 2015, foi  recompensada pelos seus trabalhos sobre as doenças parasitárias pois ela descobriu um tratamento antipalúdico inteiramente novo, a artemisina, que permitiu tratar vários milhares de pacientes na China, nos anos 1980.

Entregue pela quinta vez, o Prémio Internacional UNESCO-Guiné Equatorial para a Pesquisa em Ciências da Vida recompensa projetos científicos excecionais, no domínio das ciências da vida que contribuíram para a melhoria da qualidade da vida humana.

A cerimónia de entrega do prémio vai realizar-se, em fevereiro próximo, durante uma cimeira dos chefes de Estado, na sede da União Africana (UA), em Addis Abeba (Etiópia), e os laureados vão partilhar 350 mil dólares americanos e receber uma estatueta do artista equato-guineense Leandro Mbomio Nsue, bem como um diploma.

-0- PANA BM/BEH/FK/IZ 24out2019