Agência Panafricana de Notícias

São Tomé Príncipe com nova estratégia contra subida do paludismo

São Tomé, São Tomé e Príncipe (PANA) - O Governo são-tomense vai criar leis de responsabilização das pessoas que recusam a pulverização intradomiciliar, como uma das medidas para travar a subida dos índices de paludismo, no arquipélago, soube-se terça-feira de fonte oficial, em São Tomé.

“É preciso dizer que, de 2014 a 2018, fomos verificando um aumento anual de casos de paludismo em cerca de 300 casos de por ano”, disse o ministro da Saúde, Edgar Neves.

O índice da doença, segundo ele, ”veio aumentar de forma mais significativa nas primeiras semanas do mês de janeiro de 2019.”

“É preciso informar com verdade, num processo desta natureza não podemos esconder o que é real”, sublinhou o governante, durante uma conferência de imprensa terça-feira.

“Agora temos que estar determinados em tudo fazer em todas as frentes. É um processo transversal", alertou o governante.

Sem especificar os números, Edgar Neves garantiu que “neste momento se verifica uma diminuição de número de casos, e que todos os esforços estão a ser feitos para reduzir ao máximo do índice da doença.”

A diminuição das taxas de cobertura de pulverização intradomiciliar e a rotura de stock de medicamentos tanto de consumíveis como de inseticidas, larvicidas nos últimos quatro foram aponatadas por Edgar Neves como sendo as principais causas que levaram ao aumento do índice da doença, em São Tomé e Príncipe, que entrou na sua fase de eliminação em 2014.

Para combater a doença, o Governo anunciou a reformulação da campanha de sensibilização da população, porque, segundo Edgar Neves, "é preciso convencer as pessoas a abrirem as portas das suas casas para serem pulverizadas.”

“Se for preciso endurecermos as políticas, avançaremos para medidas sancionatórias, responsabilizando as pessoas que prejudicam o programa de combate ao paludismo.”

“Estamos num contexto regional que o vetor existe e que as condições de salubridade tem que ser completamente melhoradas", sublinhou o ministro da saúde.  

No entanto, Stephane Grieb, representante do UNICEF (agência das Nações Unidas para Educação e Infância), anunciou o apoio ao Governo são-tomense em medicamentos e em matéria de comunicação para mudança de comportamento com vista a travar a doença.

Desde de 2003 que o paludismo deixou de ser a principal causa de morte, em são Tomé e Príncipe, país que, na altura, tinha em Taiwan o seu principal parceiro no combate à doença.

-0- PANA RMG/IZ 27fev2019