Rwanda repatria 140 cidadãos burundeses bloqueados pela covid-19

Bujumbura, Burundi (PANA)  - Cento e 40 cidadãos burundeses bloqueados no Rwanda pela covid-19, desde abril último, foram autorizados a regressar ao seu país de origem, informou esta quinta-feira a rádio pública, citando os serivços da imigração nas fromteiras comuns.

Estes cidadãos burundeses foram ao Rwanda por razões diversas, nomeadamente turismo, casamentos, negócios ou ainda tratamentos médicos antes do fecho das fronteiras.

Outros Burundeses foram retidos numa altura em que eles acompanhavam os seus filhos que estudam nas escolas rwandesas.

Os repatriados respiraram de um grande alívio no termo de vários meses de separação forçada dos seus próximos.

Vários serviços do Ministério da Saúde foram destacados nas fronteiras para proceder aos testes habituais para qualquer viajante que entrar no Burundi neste período da epidemia do coronavírus.

Os repatriados testados negativo podem regressar diretamente às suas casas, enquanto os casos positivos devem estar em isolamento.

Em finais de agosto último, o Rwanda abriu excecionalmente as suas fronteiras a um grupo de 493 refugiados burundeses da crise eleitoral de 2012 no seu país de origem.

De comum acordo entre os dois países vizinhos e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), está previsto que as fronteiras  permaneçam execionalmente abertas, até ao  repatriamento do último requerente de asilo burundês no Rwanda.  

O  vizinho do norte alberga ainda cerca de 70 mil refugiados burundeses  que na sua maioria  se manifestaram,  em 2015, contra o controverso terceiro mandato de cinco anos do Presidente Pierre Nkurunziza.

Negociações estão igualmente em curso para o repatriamento de mil e 41 requerentes do asilo burundeses, na Namíbia, e cerca de 400 outros da República Democrática do Congo, tendo em conta as medidas de prevenção contra a pandemia mundial do coronavírus.

-0- PANA FB/BEH/FK/IZ 10set2020