Agência Panafricana de Notícias

Remessas de emigrantes Cabo-verdianos aumentam 3,1 por cento em Cabo Verde, diz relatório

Praia, Cabo Verde (PANA) – Remessas enviadas por emigrantes cabo-verdianos para o país aumentaram 3,1 por cento até setembro último, face ao mesmo período de 2019, apurou a PANA, segunda-feira, de fonte segura.

Segundo um relatório estatístico do Banco de Cabo Verde (BCV), com dados referentes aos primeiros nove meses de 2020, emigrantes cabo-verdianos enviaram remessas no valor de quase 14 mil 918 milhões de escudos (134,8 milhões de euros), equivalentes a meio milhão de euros diários.

Este valor enviado durante os primeiros nove meses do ano transato, foi de quase 14 mil 467 milhões de escudos (130,7 milhões de euros).

O valor mensal mais baixo em vários anos registou-se em abril deste ano, o pico do confinamento internacional devido à pandemia da covid-19, com apenas mil 177 milhões de escudos (10,6 milhões de euros) em remessas enviadas pelos emigrantes para Cabo Verde.

Em setembro último, este valor ascendeu a mil 221 milhões de escudos (11 milhões de euros), ou seja, uma quebra de 25 por cento face ao mesmo mês de 2019, depois do pico superior a dois mil 16 milhões de escudos (18,2 milhões de euros) em julho do referido ano.

Em 2019, globalmente, estas remessas cresceram 8,1 por cento, para, num novo máximo, de 19 mil 900 milhões de escudos (180,2 milhões de euros).

Em todo o ano de 2018, estas transferências monetárias ultrapassaram os 19 mil 195 milhões de escudos (173,3 milhões de escudos), ou seja, uma subida de seis por cento face ao ano de 2017, com Portugal a liderar, com cinco mil 675 milhões de escudos (51,2 milhões de euros).

Cabo Verde conta com quase 600 mil habitantes no arquipélago e mais de um milhão na Europa e nos Estados Unidos, estando o sistema financeiro dependente das remessas desses emigrantes.

Atualmente, o dinheiro enviado por quem trabalha no estrangeiro representa cerca de 12 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) de Cabo Verde.

O arquipélago é um dos países que mais depende financeiramente destes gestos dos seus cidadãos residentes fora, nomeadamente em Portugal, na França, na Holanda ou nos Estados Unidos.

-0- PANA CS/DD 14dez2020