Agência Panafricana de Notícias

Quénia expulsa indesejável predicador muçulmano para Gâmbia

Nairobi- Quénia (PANA) -- Um predicador muçulmano jamaicano, Sheikh Abdullah al-Faizal, que é objecto duma controvérsia relativa à sua expulsão do Quénia há cerca de uma semana, foi finalmente enviado à Gâmbia, a seu próprio pedido, anunciou quinta-feira o ministro queniano da Imigração, Otieno Kajwang.
Depois de a Tanzânia se ter recusado quarta-feira a acolher Al-Faizal, declarado no início da semana persona non grata, o Governo queniano previa expulsá-lo para a Somália, país assolado pela anarquia, disse Kajwang durante uma conferência de imprensa.
Esta decisão esbarrou contra uma forte oposição por parte das autoridades muçulmanas que, através do presidente do Fórum Muçulmano dos Direitos Humanos (Muhuri), Al Amin Kimathi, acusou o Governo de ostracismo contra o pregador, igualmente professor universitário, que se encontrava no Quénia para fazer comunicações em diferentes centros da cidade costeira de Mombasa, de acordo com a mesma fonte.
Al-Faizal cumpriu, há cinco anos, uma pena de sete anos de prisão na Grã- Bretanha por actividades terroristas e pelos seus discursos hediondos e figura numa lista negra internacional pelos seus laços com o chefe da rede terrorista Al Qaeda, Oussama Ben Laden.
A sua presença no Quénia exacerbou cada vez mais as relações já tensas entre o Governo e os religiosos.