Agência Panafricana de Notícias

Profissionais de saúde ameaçam greve em São Tomé e Príncipe

São Tomé, São Tomé e Príncipe (PANA) - O sindicato dos medicos e enfermeiros de São Tomé mostrou-se insatisfeito, sexta-feira, com o Governo do primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus, soube a PANA de fonte oficial.

A insatisfação do sindicato justifica-se pelo incumprimento, por parte do Governoo, dum memorado de entendimento no qual a classe exigia “melhoria de condições de trabalho e o abastecimento do hopistal  com medicamentos, declarou à imprensa Bemvinda Cruz, médica e presidente do Sindicato dos Médicos e Enfermeiros de São Tomé e Príncipe, no hospital central.

“Nós ainda continuamos com falta de medicamentos. Estamos descontentes e insatisfeitos”, desabafou Benvinda Cruz, a poucos dias do fim do prazo do memorando supracitado.

“Sentimo-nos incompetentes em salvar lamentou. Não temos meios de diagnóstico. Tal facto incomoda qualquer profissional. Gostariamos de dar o nosso melhor, mas é preciso que tenhamos tudo a nossa disposição. Mesmo quando queremos um apoio de diagonostico do laboratorio, dizem-nos que não ha reagentes”, queixou-se.

Disse que a escassez de medicamentos no sistema nacional de saúde parace ser crónico em São Tomé e Príncipe e que a classe convive com está rutura há muito tempo.

"Reclamamos mas aparecem um pouco”, disse a sindicalista sem apontar eventuais consequências que possam advir da postura do Governo face ao incumprimento.

Afirmou que o Governo tem conhecimento das suas reivindicações, que o prazo de melhoria de quatro semanas já esgostou, e que até a 19 do corrente seráo completos dois meses.

Em novembro de 2021, as duas partes assinaram um memorando que pôs fim a uma greve no setor, devido ao incumprimento do acordo que resultou na paralisação dos serviços do banco de urgência.

Lembrou que o Governo conseguiu garantir segurança para o banco de urgência, colocando dois aparelhos de ar condicionado e ao serviço de limpeza no edificio.

Foram cinco dias de paralisação, e apenas casos graves eram atendidos, prosseguiu a presidente do Sindicato, revelando que, na altura, ratos faziam parte da classe dos profissionais da saúde.

Sublinhou que más condições no banco de urgência punham em perigo a vida dos profissionais.

-0- PANA RMG/DD 15jan2022