Agência Panafricana de Notícias

Primeiro-ministro nomeado por CNG promete resolver crise na Líbia

Tripoli, Líbia (PANA) – O primeiro-ministro líbio nomeado pelo Congresso Nacional Geral (CNG), Parlamento cessante, para formar um Governo de Salvação Nacional, Amar Al-Hassi, comprometeu-se sábado em servir de intermediário entre os protagonistas do conflito para tirar o país da crise.

Numa declaração à televisão al-Nabaa, Al-Hassi prometeu que o seu Governo de Salvação Nacional será consensual e agirá com base nos princípios da Charia, a lei islâmica, e nas tradições do povo líbio dentro da diversidade das suas componentes.

Ele rejeitou todas as manifestações de extremismo e de terrorismo, afirmando que vai trabalhar para a realização da justiça e da equidade até alcançar a reconciliação e a coexistência pacífica no país.

A realização da paz e da segurança figurarão entre as prioridades do seu Governo, afirmou o novo primeiro-ministro, acrescentando que vai trabalhar na aceleração da formação do Exército e da Polícia em bases científicas permancendo fiel a Deus e à pátria.

Prometeu igualmente trabalhar na detenção dos criminosos evadidos das prisões em 2011 bem como na busca de um entendimento com os grupos armados, aproveitando as experiências internacionais de países que viveram condições similares às da Líbia, tomando em consideração as especificidades do país.

Al-Hassi defendeu também a criação de uma Carta de Honra para a imprensa local respeitar a deontologia e preservar a unidade nacional.

Ao mesmo tempo, disse vai acelerar a implementação dos projetos de reconstrução, a abertura dos aeroportos encerrados e a ativação dos hospitais depois da partida das equipas médicas estrangeiras.

A reabertura das universidades, o apoio às famílias dos mártires, dos desaparecidos e feridos da revolução de 17 de fevereiro, bem como o repatriamento das famílias líbias refugiadas no estrangeiro figuram também entre as prioridades do seu Governo.

Uma confusão total reina atualmente na Líbia depois da decisão do CNG, Parlamento cessante
cujo mandato terminou a 25 de junho, de retomar as suas funções, começando pela nomeação de um novo primeiro-ministro para formar um Governo de Salvação Nacional, pondo assim em causa as decisões do novo Parlamento que acusa de ter violado a Declaração Constitucional.

-0- PANA BY/JSG/SOC/MAR/IZ 31ago2014