PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Primeiro-ministro deposto da Guiné-Bissau recenseia-se em Cabo Verde
Praia, Cabo Verde (PANA) – O primeiro-ministro bissau-guineense deposto pelo golpe de Estado de abril de 2012 na Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, foi um dos cidadãos a recensear-se no Consulado Geral daquele país na cidade da Praia, em Cabo Verde, em previsão das eleições gerais marcadas para 16 de março de 2014, apurou a PANA na capital cabo-verdiana de fonte segura.
O empresário e político, Carlos Gomes Júnior está há cerca de um mês na cidade da Praia em companhia da sua família e, pelos vistos, pretende fixar-se em Cabo Verde, onde possui vários bens, até poder regressar definitivamente ao seu país.
Segundo fontes próximas dele, citadas pela imprensa cabo-verdiana, o ex-primeiro-ministro e candidato à Presidência da Republica da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, que se refugiou em Portugal, após ter sido liberto pelos golpistas, continua a ser aconselhado a não regressar ao seu país por absoluta falta de segurança.
Conforme a última edição do jornal cabo-verdiano “A Nação”, Carlos Gomes Júnior teria sido aconselhado a ser o mais discreto possível durante a sua permanência na capital cabo-verdiana para evitar interpretações que possam “afetar as já por si combalidas relações” com o Governo de transição de Bissau.
Supostamente, por causa disso, Cadogo Júnior, como é também conhecido, vem “fugindo” dos jornalistas que já tentaram abordá-lo junto da sua residência no bairro de Palmarejo.
Entretanto, o referido semanário, que cita uma fonte governamental, sob anonimato, escreve que as autoridades cabo-verdianas recusam tal justificação, dizendo não haver qualquer pedido oficial de Cadogo para se fixar no arquipélago cabo-verdiano.
Além disso, sublinhou a fonte, “não há nada que o impeça de se estabelecer no nosso país”, uma vez que “ele é casado com uma cidadã cabo-verdiana, com quem tem filhos, e, se quiser, pode requerer a nacionalidade cabo-verdiana”.
“Aliás, vivendo a mulher em Cabo Verde, o senhor Carlos Gomes tem vindo regularmente ao nosso país para ver a família. O que acontece é que desta vez a estada dele tem sido mais prolongada, provavelmente por causa da quadra festiva em que nos encontramos”, prossegue a mesma fonte.
Em relação à uma eventual participação de Carlos Gomes Júnior nas próximas eleições presidenciais na Guiné-Bissau, as fontes do “A Nação” referem que ele continua a ser aconselhado a não regressar ao seu país por absoluta falta de segurança.
Aliás, por causa disso, neste momento, há quem considere que ele já não tem como reassumir a liderança do seu partido, Partido Africano para a Independência da Guiné-Bissau (PAIGC), o que por si lhe retira uma importante base de apoio na disputa para a Presidência da República, escreve o períodico.
A Guiné-Bissau vive um período de transição desde o golpe de Estado que, a 12 de abril do ano passado, afastou o Governo eleito e interrompeu a segunda volta das eleições presidenciais em que Carlos Gomes Júnior aparecia como o potencial vencedor.
Desde então, o Presidente interino, Raimundo Pereira (que ocupava o cargo na sequência da morte do então Presidente eleito, Malam Bacai Sanhá), e Carlos Gomes Júnior tiveram que se exilar em Portugal.
Neste momento, esforços vêm sendo feitos para que o país volte à normalidade democrática, o que passa por novas eleições gerais, previstas de momento para 17 de março do próximo ano, de acordo com analistas.
O Consulado-Geral da Guiné-Bissau, na capital cabo-verdiana, iniciou último o recenseamento eleitoral dos Guineenses, residentes em Cabo Verde, em virtude destas eleições.
-0- PANA CS/DD 30dez2013
O empresário e político, Carlos Gomes Júnior está há cerca de um mês na cidade da Praia em companhia da sua família e, pelos vistos, pretende fixar-se em Cabo Verde, onde possui vários bens, até poder regressar definitivamente ao seu país.
Segundo fontes próximas dele, citadas pela imprensa cabo-verdiana, o ex-primeiro-ministro e candidato à Presidência da Republica da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, que se refugiou em Portugal, após ter sido liberto pelos golpistas, continua a ser aconselhado a não regressar ao seu país por absoluta falta de segurança.
Conforme a última edição do jornal cabo-verdiano “A Nação”, Carlos Gomes Júnior teria sido aconselhado a ser o mais discreto possível durante a sua permanência na capital cabo-verdiana para evitar interpretações que possam “afetar as já por si combalidas relações” com o Governo de transição de Bissau.
Supostamente, por causa disso, Cadogo Júnior, como é também conhecido, vem “fugindo” dos jornalistas que já tentaram abordá-lo junto da sua residência no bairro de Palmarejo.
Entretanto, o referido semanário, que cita uma fonte governamental, sob anonimato, escreve que as autoridades cabo-verdianas recusam tal justificação, dizendo não haver qualquer pedido oficial de Cadogo para se fixar no arquipélago cabo-verdiano.
Além disso, sublinhou a fonte, “não há nada que o impeça de se estabelecer no nosso país”, uma vez que “ele é casado com uma cidadã cabo-verdiana, com quem tem filhos, e, se quiser, pode requerer a nacionalidade cabo-verdiana”.
“Aliás, vivendo a mulher em Cabo Verde, o senhor Carlos Gomes tem vindo regularmente ao nosso país para ver a família. O que acontece é que desta vez a estada dele tem sido mais prolongada, provavelmente por causa da quadra festiva em que nos encontramos”, prossegue a mesma fonte.
Em relação à uma eventual participação de Carlos Gomes Júnior nas próximas eleições presidenciais na Guiné-Bissau, as fontes do “A Nação” referem que ele continua a ser aconselhado a não regressar ao seu país por absoluta falta de segurança.
Aliás, por causa disso, neste momento, há quem considere que ele já não tem como reassumir a liderança do seu partido, Partido Africano para a Independência da Guiné-Bissau (PAIGC), o que por si lhe retira uma importante base de apoio na disputa para a Presidência da República, escreve o períodico.
A Guiné-Bissau vive um período de transição desde o golpe de Estado que, a 12 de abril do ano passado, afastou o Governo eleito e interrompeu a segunda volta das eleições presidenciais em que Carlos Gomes Júnior aparecia como o potencial vencedor.
Desde então, o Presidente interino, Raimundo Pereira (que ocupava o cargo na sequência da morte do então Presidente eleito, Malam Bacai Sanhá), e Carlos Gomes Júnior tiveram que se exilar em Portugal.
Neste momento, esforços vêm sendo feitos para que o país volte à normalidade democrática, o que passa por novas eleições gerais, previstas de momento para 17 de março do próximo ano, de acordo com analistas.
O Consulado-Geral da Guiné-Bissau, na capital cabo-verdiana, iniciou último o recenseamento eleitoral dos Guineenses, residentes em Cabo Verde, em virtude destas eleições.
-0- PANA CS/DD 30dez2013