Agência Panafricana de Notícias

Presidente gambiano advoga plano continental de combate a Boko Haram na Nigéria

Banjul, Gâmbia (PANA) - O Presidente gambiano, Yahya Jammeh, apelou terça-feira aos dirigentes africanos para se entenderem sobre um plano de ação regional para combater a seita islamita nigeriana Boko Haram, bem como a violência no continente em geral.

O Presidente gambiano descreveu a Boko Haram como "uma organização terrorista" cujo objetivo é dividir a maior nação de África, Nigéria, quando se reunia com imames e outros responsáveis muçulmanos no Palácio Presidencial de Banjul, na capital gambiana.

O ponto da situação deste encontro foi divulgado terça-feira à noite pela Radio Televisão Gambiana (GRTS), constatou a PANA.

Por solidariedade para com o povo e o Governo da Nigéria, Yahya Jammeh prometeu a cooperação da Gâmbia na luta contra a seita islamita, autor do rapto de mais de 200 alunas do Liceu de Chitok, no Estado de Borno, no nordeste da Nigéria.

A cooperação da Gâmbia com a Nigéria consiste, entre outras matéria, na partilha de informações para pôr termo às atividades da Boko Haram.

O Presidente Jammeh exortou os responsáveis da Boko Haram a darem prova de qualidades morais e espirituais para cessarem a violência escolhendo meios e vias mais pacíficas e humanas para resolver o seu diferendo, seja qual for, com o povo e o Governo da Nigéria.

"A violência é imoral, prejudicial e destruidora para a humanidade, pois as suas vítimas são inocentes e vulneráveis, membros da sociedade, nomeadamente mulheres e crianças. Então, em nome destas mulheres e crianças da Nigéria, imploro a todo o mundo para fazer um esforço nobre e sincero a fim de parar esta violência gratuita", disse.

Exortou toda a Comunidade Islâmica a conformar-se com os ensinos do sagrado Corão e dos seus mandamentos denunciando todas as formas de violência e de intolerância religiosa num mundo abalado por guerras, por catástrofes, pelo ódio e pela cupidez.

Afirmou que as atividades da Boko Haram, entre outras, não serão autorizadas na Gâmbia porque, frisou, os que desejam desviar ensinos do Corão não têm lugar na Gâmbia.

Disse que o seu país vai defender a sua soberania e as suas crenças islâmicas sem aceitar pressões externas no tocante à questão dos homossexuais, lésbicas e transgéneros (LGBT).

"Portanto, não vamos aceitar a prática da sexualidade entre pessoas de mesmo sexo", assegurou.

-0- PANA MSS/VAO/NFB/BEH/IBA/MAR/DD 31julho2014