Agência Panafricana de Notícias

Presidente francês deixa Paris para homenagear Mandela

Paris, França (PANA) - O Presidente francês, François Hollande, desloca-se terça-feira a Joanesburgo, na África do Sul, para assistir à cerimónia oficial de homenagem a Nelson Mandela, soube a PANA de fonte oficial.

O chefe de Estado francês, convidado pelo seu homólogo sul-africano Jacob Zuma, vai fazer-se acompanhar nesta viagem do seu antecessor, Nicolas Sarkozy.

Já durante a abertura da cimeira sobre paz e segurança em África, sexta-feira passada, Hollande prestou, diante de vários chefes de Estado e de Governo africanos, uma vibrante homenagem a Mandela.

O Presidente francês, que vai assim juntar-se a mais de 70 chefes de Estado do mundo inteiro, incluindo o Presidente americano Barack Obama, e diversas outras personalidades, afirmou que Mandela faleceu, "mas a sua mensagem continuará a viver, a inspirar as novas gerações".

"Nelson Mandela será sempre a figura em torno da qual os homens e as mulheres que lutam pelos seus direitos, desejarão reunir-se. Será sempre a referência para os que nunca terminaram a sua luta contra o racismo, contra as discriminações, contra todas as intolerâncias e as injustiças. Nelson Mandela, será sempre a figura para a qual os povos que lutam pela sua libertação e emancipação vão referir-se", indicou François Hollande.

Terça-feira, uma cerimónia nacional de homenagem a Nelson Mandela vai decorrer no estádio de Soweto, antes de o seu corpo ficar exposto na sede da Presidência da República, em Pretória, de 11 a 13 de dezembro.

O funeral de Estado de Nelson Mandela terá lugar em Qunu, a sua aldeia natal, a 15 de dezembro, segundo a Presidência sul-africana.

Nelson Rolihlahla Mandela, cujo nome tribal é Madiba, dirigente histórico da luta antiapartheid, nasceu a 18 de julho de 1918 na aldeia de Mvezo, no distrito de Umtata. Depois de 27 anos de prisão, Mandela é libertado a 11 de fevereiro de 1990 e torna-se Presidente da África do Sul de 1994 a 1999, no termo das primeiras eleições pós-apartheid.

Em 1993, ele recebe o Prémio Nobel da Paz com o seu antecessor, o Presidente Frederik de Klerk, por ter posto termo pacificamente ao apartheid.

-0- PANA BM/SSB/IBA/MAR/IZ 09dez2013