Agência Panafricana de Notícias

Presidente centroafricana minimiza tensão em torno de demissão de PM

Luanda, Angola (PANA) - A Presidente de transição da República Centroafricana (RCA), Catherine Samba-Panza, admitiu “alguma insatisfação” por parte de alguns partidos políticos por causa da demissão do primeiro-ministro André Nzapayéké mas negou que o ato esteja a criar um mal-estar no seio da população.

“Qualquer nomeação de um primeiro-ministro suscita sempre reações que podem ser de reserva ou de apoio. É o que está a acontecer neste momento na RCA”, esclareceu Samba-Panza, em declarações quarta-feira à imprensa em Luanda no quadro da sua visita oficial a Angola.

Considerou “difícil” a situação atual no seu país, porque, explicou, ainda não foram atingidos os objetivos preconizados ao nível da segurança.

Ao nível político, disse que se vive um momento "sensível", depois da demissão do primeiro-ministro e do seu Governo e que o país está agora numa fase de consulta para a formação de um novo Governo, “para que todos os filhos da RCA estejam nele representados”.

Esta é a segunda deslocação de Catherine Samba-Panza a Angola em menos de seis meses, depois de estar em Luanda em março deste ano, tendo nas duas ocasiões sido recebida pelo chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, atual presidente em exercício da Conferência Internacional para a Região dos Grandes Lagos (CIRGL).

No seu encontro de quarta-feira com o estadista angolano, Samba-Panza informou o seu interlocutor do estado geral do seu país, do ponto de vista político, militar, económico, social e humanitário, particularmente os esforços em curso para a estabilização do país e a promoção da paz e da reconciliação nacional.

Por seu turno, Eduardo dos Santos encorajou-a prosseguir estes esforços com a vista a restabelecer a paz e a estabilidade na RCA para que os Centroafricanos possam usufruir dos seus benefícios.

Ele manifestou a solidariedade de Angola para com o Governo e o povo centroafricanos, e decidiu conceder um apoio financeiro substancial à RCA para atenuar a crise humanitária que se vive no seu território.

-0- PANA IZ 21ago2014