PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Presidente burundês regressa à capital do país
Bujumbura, Burundi (PANA) - O chefe de Estado burundês, Pierre Nkurunziza, regressou, sexta-feira à tarde, ao seu Palácio de Bujumbura proveniente da sua cidade natal de Ngozi, no norte do país, dois dias depois de ter escapado a uma tentativa de golpe de estado dum grupo de oficiais militares e polícias, soube a PANA de fonte oficial.
Durante a sua passagem o cortejo presidencial esteve sob os aplausos duma população em delírio na estrada nacional número um na entrada norte da capital burundesa.
No seu discurso à nação, o Presidente Nkuzunziza agradeceu aos corpos de defesa e de segurança que impediram o golpe de estado pondo em causa o batalhão dos comandos pára-quedistas e o 11º batalhão dos blindados que sempre se envolveram em golpe no passado.
O chefe de Estado anunciou que medidas iriam ser tomadas para reestruturar e deslocalizar por estes campos militares atualmente situados no centro da capital burundesa.
Os dois campos foram os mais postos em causa no assassinato em 1993 do primeiro Presidente democraticamente eleito, Melchior Ndadaye.
Falando do processo eleitoral tenso que esteve na origem dos confrontos em curso no país, desde 26 de abril último, depois da oficialização da suaccandidatura para um terceiro mandato controverso segundo a oposição e a sociedade civil, o Presidente Nkurunziza exortou os Burundeses a contar antes de tudo com as suas próprias forças porque "um pássaro na mão vale mais do que dois a voar" do exterior.
A mensagem era endereçada sem dúvida aos múltiplos apelos da comunidade internacional aos atores políticos locais a pensar num adiamento das eleições gerais de maio para agosto próximo pelo diálogo com vista a restaurar o processo eleitoral, segundo os comentaristas políticos em Bujumbura.
O Presidente burundês exortou os organizadores das manifestações a pôr imediatamente termo e à população a ficar solidária nestes momentos particulares para o país.
O chefe de Estado anunciou ainda a reabertura imediata de todas as fronteiras terrestres, aéreas e lacustres que foram declaradas encerradas pelos amotinados a partir de quarta-feira passada.
O encerramento das fronteiras atrasou por dois dias o regresso para Bujumbura do Presidente Nkurunziza depois da sua participação quarta-feira na Cimeira dos chefes de Estados da Comunidade da África Oriental sobre a crise no Burundi.
Alguns cérebros da tentativa de golpe de estado foram detidos, enquanto o chefe dos amotinados continuava em fuga até sexta-feira à tarde.
O balanço dos confrontos destes três últimos dias entre os amotinados e as forças lealistas estimava-se em 12 mortos, cerca de 30 feridos e dezenas de prisioneiros no campo dos golpistas, segundo o chefe do Estado-Maior da Força de Defesa Nacional e Antigos Combatentes, general Prime Niyongabo.
As duas últimas semanas de confrontos entre os manifestantes opostos ao terceiro mandato do chefe de Estado cessante e a Polícia fizeram até agora cerca de 20 mortos, mais de 150 feridos e pelo menos 800 prisioneiros, segundo fontes concordantes.
-0- PANA FB/IS/MAR/TON 15maio2015
Durante a sua passagem o cortejo presidencial esteve sob os aplausos duma população em delírio na estrada nacional número um na entrada norte da capital burundesa.
No seu discurso à nação, o Presidente Nkuzunziza agradeceu aos corpos de defesa e de segurança que impediram o golpe de estado pondo em causa o batalhão dos comandos pára-quedistas e o 11º batalhão dos blindados que sempre se envolveram em golpe no passado.
O chefe de Estado anunciou que medidas iriam ser tomadas para reestruturar e deslocalizar por estes campos militares atualmente situados no centro da capital burundesa.
Os dois campos foram os mais postos em causa no assassinato em 1993 do primeiro Presidente democraticamente eleito, Melchior Ndadaye.
Falando do processo eleitoral tenso que esteve na origem dos confrontos em curso no país, desde 26 de abril último, depois da oficialização da suaccandidatura para um terceiro mandato controverso segundo a oposição e a sociedade civil, o Presidente Nkurunziza exortou os Burundeses a contar antes de tudo com as suas próprias forças porque "um pássaro na mão vale mais do que dois a voar" do exterior.
A mensagem era endereçada sem dúvida aos múltiplos apelos da comunidade internacional aos atores políticos locais a pensar num adiamento das eleições gerais de maio para agosto próximo pelo diálogo com vista a restaurar o processo eleitoral, segundo os comentaristas políticos em Bujumbura.
O Presidente burundês exortou os organizadores das manifestações a pôr imediatamente termo e à população a ficar solidária nestes momentos particulares para o país.
O chefe de Estado anunciou ainda a reabertura imediata de todas as fronteiras terrestres, aéreas e lacustres que foram declaradas encerradas pelos amotinados a partir de quarta-feira passada.
O encerramento das fronteiras atrasou por dois dias o regresso para Bujumbura do Presidente Nkurunziza depois da sua participação quarta-feira na Cimeira dos chefes de Estados da Comunidade da África Oriental sobre a crise no Burundi.
Alguns cérebros da tentativa de golpe de estado foram detidos, enquanto o chefe dos amotinados continuava em fuga até sexta-feira à tarde.
O balanço dos confrontos destes três últimos dias entre os amotinados e as forças lealistas estimava-se em 12 mortos, cerca de 30 feridos e dezenas de prisioneiros no campo dos golpistas, segundo o chefe do Estado-Maior da Força de Defesa Nacional e Antigos Combatentes, general Prime Niyongabo.
As duas últimas semanas de confrontos entre os manifestantes opostos ao terceiro mandato do chefe de Estado cessante e a Polícia fizeram até agora cerca de 20 mortos, mais de 150 feridos e pelo menos 800 prisioneiros, segundo fontes concordantes.
-0- PANA FB/IS/MAR/TON 15maio2015