Agência Panafricana de Notícias

Presidente angolano exige baixa de proprinas no ensino privado

Dakar, Senegal (PANA) – O Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, exortou terça-feira as instituições privadas de ensino no país a rever a sua política de preços, considerando de “demasiado altos” os valores cobrados atualmente pelas propinas e pelos demais serviços.

No seu discurso pronunciado na Assembleia Nacional (Parlamento) sobre o Estado da Nação, e cuja cópia foi transmitida à PANA em Dakar, Dos Santos recomenda também um melhoramento da gestão dos estabelecimentos de ensino privado para se dotarem de “equipamentos mais adequados”.

Para além disso, o Presidente angolano exortou igualmente os gestores das instituições de formação privadas, sobretudo as de nível superior, a prestar uma maior atenção aos cursos de natureza técnica.

Este setor “necessita ainda de melhorar a sua gestão, de se dotar de infraestruturas e equipamentos mais adequados, de ministrar mais cursos de natureza técnica e também de rever a sua política de preços, uma vez que ainda cobra valores demasiado altos pelas propinas e pelos diferentes serviços”, sentenciou.

Eduardo dos Santos reconheceu, entretanto, que o setor privado tem dado “uma importante contribuição” ao processo de expansão da rede escolar e universitária no país, sendo de cinco porcento no ensino primário e secundário e de cerca de 50 porcento a nível superior.

Por seu turno, esclareceu o Presidente angolano, o Executivo está empenhado em criar um sistema de apoio social aos estudantes mais carenciados, para criar as condições de sucesso académico, nomeadamente através da concessão de bolsas de estudo para formação no país ou no exterior.

Assim, foram concedidas este ano três mil bolsas de estudo internas, que deverão passar para o dobro em 2012, enquanto as externas foram concedidas para as mais diversas especialidades e países, com prioridade para as áreas de ciência e tecnologia, ciências da educação e ciências médicas, revelou.

Ao nível da saúde, disse, foi reforçada a rede de atenção primária e feita a alocação direta do equivalente a cerca de dois milhões de dólares americanos anuais a cada município, para cuidados primários de saúde, que permitiram garantir uma cobertura de 78 porcento da população do país.

Para garantir a oferta e a qualidade dos serviços às populações, em 2010, foram formados mil e 255 enfermeiros e técnicos e capacitados três mil e 565 em áreas fundamentais para a redução da mortalidade materna e infantil o que, segundo ele, permitiu uma redução significativa das taxas de mortalidade materna de cerca de mil e 400 por 100 mil nados vivos em 2001, para 610 em 2010.

-0- PANA IZ 19out2011