Agência Panafricana de Notícias

Presidência líbia na ONU é um novo impulso para África

Tripoli- Libye (PANA) -- A Líbia acedeu à presidência da Assembleia Geral das Nações Unidas terça-feira passada, no início da 64ª sessão da organização, numa altura em que o mundo atravessa vários problemas, como a crise financeira mundial, a propagação do terrorismo e o aumento dos efeitos das mudanças climáticas, o que faz desta sessão uma nova teste para a diplomacia líbia quanto à resolução destes problemas.
A presença da Líbia à frente das Nações Unidas intervém igualmente num momento em que este país do Magrebe árabe assume a presidência de várias uniões e organizações regionais, nomeadamente a União do Magrebe Árabe (UMA), a Comunidade dos Estados Sahelo-Sarianos (CEN- SAD) e a União Africana (UA).
O guia líbio Muamar Kadafi, presidente em exercício desta última organização não deixou de promover a unidade e a integração dos países africanos para realizar o sonho das populações que é a edificação dos Estados Unidos de África.
Partindo desta realidade, a presidência da Líbia das Nações Unidas vai dar, sem dúvida, um novo impulso ao continente africano permitindo-lhe fazer ouvir a sua voz a todas as nações e continentes do mundo, já que o guia Kadafi figura entre os mais fervorosos apoiantes da necessidade para África de se dotar dum assento permanente no Conselho de Segurança da ONU com todas os privilégios, em compensação dos danos sofridos no passado devido à colonização bem como ao facto de todos os continentes do mundo possuirem um assento permanente no seio deste órgão com direito a veto, excepto o continente africano que representa o quarto dos países membros das Nações Unidas.
Esta vontade do guia Kadafi de levar a cabo o seu combate para defender esta causa foi reiterada durante a sua intervenção a 9 de Setembro último em Tripoli diante do primeiro congresso do fórum dos reis, sultanos, princípes e sobas de África sobre a necessidade para África de recuperar o seu lugar no seio do Conselho de Segurança das Nações Unidas e de ocupar um assento permanente em nome da UA, com a proposta que este assento seja ocupada alternadamente pelos países africanos.
Fiel à sua determinação a preservar o direito das populações africanas e o seu mérito de ser compensadas devido à colonização ocidental pilhou as riquezas do continente e comboiou os Africanos em embarcações obsoletas para ir construir cidades na Europa e na América e para os massacrar e escravizar, o presidente em exercício da UA reclamou 777 triliões de dólares americanos para todos estes danos sofridos pelo continente e sublinhou que vai discutir sobre este assunto nas Nações Unidas.
Outra prova da dedicação da Líbia aos seus princípios e valores de dignidade e equidade, foi dada por Ali Triki, presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, através do seu apelo lançado a partir da tribuna da ONU, para a necessidade da reforma das Nações Unidas para que a voz da Assembleia Geral seja ouvida e respeitada para assegurar a aplicação das suas decisões.
Esta recomendações de Triki inscrevem-se no quadro dos apelos repetidos do guia Kadafi para a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Á luz destes dados, os países africanos são convidados a apoiar a Líbia na presidência da Assembleia Geral da ONU se querem que o continente africano disponham duma voz que seja ouvida por todas as nações do mundo.
Eles devem apoiar todas as posições líbias que vão neste sentido e evitar a dispersão das suas opiniões nesta África onde nenhum país independente pode fazer face sozinho aos grandes blocos regionais tais como a União Europeia, os Estados Unidos e a China.