Agência Panafricana de Notícias

Partidos rejeitam plataforma de autonomia de movimento rebelde no Mali

Bamako, Mali (PANA) - Cerca de 20 partidos políticos e associações da sociedade civil do Mali agrupadas no seio da Aliança dos Democratas Patrióticos para a Saída de Crise (ADPS) rejeitaram num manifesto à nação a plataforma política de autonomia do Movimento Nacional de Libertação de Azawad (MNLA), que controla o norte do país, considerando que ela era "uma declaração disfarçada de independência sob fundo de racismo".

Eles engajaram-se a rejeitar qualquer proposta que visa organizar eleições antes da libertação total das regiões do norte do Mali e o regresso da administração e do Exército Nacionais nestas regiões.

Segundo os autores do manifesto, organizar as eleições unicamente nas regiões do sul do país implicaria consagrar em direito a partição do país, reforçar o enraizamento das forças de ocupação, reforçar o martírio das populações, bem como alimentar a campanha perniciosa de descrédito da classe política.

Eles reiteraram a sua rejeição de negociação e de diálogo com o MNLA e o Ansardine, que fizeram aliança com a Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI) e o Movimento para a Unidade eo Jihad na África Ocidental (MUJAO) e outros narcotraficantes "que não representativos dos Tuaregues do norte do Mali, minoritários no seio das populações do Norte".

A ADPS é presidida por Soumana Sako, ex-primeiro-ministro da transição (março de 1991-junho de 1992).

-0- PANA GT/TBM/IBA/MAR/TON 06dez2012