Agência Panafricana de Notícias

PR quer maior capacidade de resposta à insegurança em Cabo Verde

Praia, Cabo Verde (PANA) - O Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, apelou para uma maior capacidade de resposta das autoridades face à insegurança vivida em algumas localidades do país, com realce para a cidade da Praia, apurou a PANA de fonte oficial.

“Tendo em conta indícios de alguma insegurança localizada, as Forças Armadas e a Polícia Nacional, devem reforçar as suas capacidades de resposta a esta situação, no quadro do combate à delinquência urbana, ao crime organizado e aos tráficos de droga e de pessoas”, exortou o chefe de Estado cabo-verdiano.

Falando na sua mensagem de celebração do Dia da Defesa Nacional, 05 de novembro, Carlos Fonseca destacou ainda a importância da aliança entre as autoridades e “os cidadãos e outras instituições”.

Trata-se de uma aliança que, segundo ele, já deu frutos no passado e é fundamental para o bem-estar de toda a população e para garantir a efetiva Defesa Nacional.

A “disponibilidade permanente dos órgãos de Defesa Nacional, longe de dispensar a contribuição do cidadão, tem de contar com a sua participação ativa na edificação da Defesa Nacional, um dos pilares da nossa democracia e do Estado de Direito”, anotou.

O chefe de Estado relembrou ainda que o Dia da Defesa Nacional foi criado, em 2011, para homenagear todos aqueles que colaboraram no controlo da epidemia de dengue.

Nessa altura, disse, para enfrentar essa situação, que chegou a provocar perda de vidas humanas, as Forças Armadas "reforçaram com determinação a aliança com os cidadãos e outras instituições".

Essa relação não só deu resultados como se estreitou, “convertendo-se num importante ativo a ser utilizado nas circunstâncias em que a segurança ou o bem-estar das pessoas estejam ameaçados”, afirmou.

A epidemia de dengue, que alavancou a criação do Dia da Defesa Nacional, ocorreu em 2009, tendo-se declarado mais de 21 mil casos suspeitos dos quais 170 evoluíram para febre hemorrágica, resultando na morte de cinco pessoas.

O Governo diz estar “profundamente empenhado” em trabalhar para garantir a segurança e desmente notícias veiculadas pela imprensa internacional sobre a alegada insegurança em Cabo Verde.

Em comunicado, divulgado terça-feira, para reagir às informações vinculadas em alguns órgãos de comunicação social internacionais, o Governo diz que essas notícias põem em causa a verdade, o bom nome de Cabo Verde, a paz e a tranquilidade dos Cabo-verdianos e de todos aqueles que visitam o país.

“Cabo Verde é um país seguro, credível, sério, e de confiança para a comunidade internacional, com quem vem trabalhando de forma sistemática contra todo e qual quer tipo de criminalidade organizada, nomeadamente o gabinete das Nações Unidas contra a Droga e o Crime (ONUDC) e todos os parceiros bilaterais e multilaterais”, lê-se no documento.

A mesma fonte lembra que o país tem recebido frequentemente responsáveis da ONUDC que avaliam positivamente os esforços do país no combate à criminalidade organizada e sublinha que o arquipélago tem feito investimentos da formação e capacitação das suas forças policiais para que esse combate seja cada vez mais efetivo e eficaz.

De acordo com a nota, os resultados desses investimentos falam por si, e pelo qual o Governo diz estranhar essa campanha “ignóbil” e sem sentido que “infelizmente certos órgãos de comunicação social ou tabloides vêm fazendo para tentar denegrir a imagem do país”.

Para o Governo, Cabo Verde “é e continuará a ser um Estado de Direito Democrático, com instituições fortes livres e credíveis e está profundamente empenhado em trabalhar com os países e instituições amigas para garantir a segurança do seu território, do seu povo e desta sub-região atlântica”, refere o comunicado.

-0- PANA CS/IZ 06nov2019