Agência Panafricana de Notícias

PM zimbabweano desloca-se ao Botswana para cuidados médicos

Harare- Zimbabwe (PANA) -- O primeiro-ministro zimbabweano, Morgan Tsvangirai, ferido num acidente de viatura ocorrido sexta-feira à noite e no qual morreu a sua esposa, deixou sábado à noite Harare para o Botswana, onde prosseguirá com o seu tratamento médico.
Tsvangirai teve alta à tarde mas a sua esposa, Susan, faleceu no Hospital Avenues Clinic, o mais sofisticado de Harare, para onde foram evacuados após o seu acidente de viação que lhe causou ferimentos no pescoço e na cabeça.
O motorista e o guarda-costas, igualmente feridos no acidente, estão a recuperar neste hospital, soube-se de fonte segura.
"O seu estado de saúde está estável ", indicou Douglas Gwatidzo, que, neste hospital, fazia curativo ao líder da oposição zimbabweana que se deslocava à sua aldeia natal para um comício.
O acidente ocorreu quando o seu veículo colidiu com um camião pertencente à Embaixada dos Estados Unidos, que circulavam no sentido contrário a cerca de 85 quilómetros ao sul da capital zimbabweana, de acordo com fonte policial.
A Embaixada dos Estados Unidos confirmou sábado que o camião em causa lhe pertence subblinhando que o motorista que o conduzia é um Zimbabweano.
O Presidente zimbabweano, Robert Mugabe, inimigo jurado de Tsvangirai desde há cerca de 10 anos, visitou este último sexta-feira à noite no hospital.
Embora nenhuma acusação de acto criminal tenha sido publicamente feita, os partidários do primeiro-ministro, que prometeram fazer uma declaração nos próximos dias sobre este acidente, suspeitam um atentado contra o seu líder.
Este sentimento resulta duma série de acidentes similares ocorridos nestes últimos anos no país que custaram a vida a eminentes homens políticos zimbabweanos.
Morgan Tsvangirai foi empossado a 11 de Fevereiro último enquanto primeiro-ministro em Fevereiro último depois de o seu partido, o Movimento para a Mudança Democrática (MDC, principal formação política da oposição), ter formado.
a 13 do mesmo mês, um Governo de Coligação com o Presidente Mugabe e o seu partido, a União Nacional Africana do Zimbabwe-Frente Patriótica (ZANU-PF, no poder).
As duas partes concluíram um acordo de partilha do poder para pôr termo a mais de um ano de divergência em torno das últimas eleições presidenciais cuja vitória foi reivindicada ao mesmo tempo por Tsvangirai e Mugabe.
Em virtude deste acordo, Tsvangirai tornou-se primeiro-ministro tendo Mugabe conservado as suas funções de Presidente da República do Zimbabwe.
O próprio Tsvangirai acusou alguns apoiantes do campo de Mugabe de tentar sabotar a formação do Governo de Coligação.