Agência Panafricana de Notícias

PM tchadiano apela à imprensa africana para lutar contra Boko Haram

N’Djamena, Tchad (PANA) – O primeiro-ministro tchadiano, Kalzeube Payimi Deubet, declarou esta terça-feira em N’Djamena que a imprensa africana, face à problemática da insegurança provocada pela seita islâmica Boko Haram, entre outros agentes, deve utilizar as armas que são as suas para dar a sua contribuição nos esforços das outras componentes da sociedade para a sua erradicação.

Deubet, que falava na abertura da sexta assembleia geral do Fórum Africano dos Editores, indicou que a imprensa deve obrigatoriamente fazê-lo, pois, a insegurança provocada pelos terroristas não poupa ninguém e a luta contra esta nebulosa rede do crime não deve ser obra somente dos Governos.

Esta assembleia geral está a decorrer sob o lema « Imprensa e Crises em África: Insegurança e Epidemias”.

Ele afirmou que face, à ameaça do terrorismo que se tornou permanente, a mobilização de todos é obrigatória, acrescentando ser imperioso jugular as maquinações da Boko Haram que tendem a hipotecar o futuro dos Estados africanos, pois que esta não conhece as fronteiras.

Segundo ele, a imprensa deve também envolver-se de forma consciente na luta contra a insegurança, que provém do terrorismo internacional e doutras fontes, reafirmando que os países africanos deverão dispor de órgãos de comunicação social fortes, com profissionais perspicazes, utilizando técnicas cada vez mais modernas para sensibilizar e conscientizar a população sobre este novo flagelo.

« O Governo continuará o fazer o seu possível para que os profissionais da imprensa tchadianos atuem num clima seguro, a fim de lhes permitir ajudar a aniquilar este flagelo que representa a Boko Haram e os outros terroristas », notou o primeiro-ministro.

A secretária-geral do Fórum Africano dos Editores (TAEF, sigla em inglês), Emrakeb Asseba, saudou, por sua vez o Presidente Idriss Deby Itno pelo envio das tropas tchadianas aos Camarões para lutar contra a seita Boko Haram.

Para ela, o tema da sexta assembleia geral vai permitir-lhes definir os mecanismos apropriados do papel que deve desempenhar a imprensa para a sensibilização das populações.

Ela acrescentou, por outro lado, que os jornalistas do continente deverão livrar-se de qualquer incitação ao ódio e recusar-se a ser o porta-voz duma componente da comunidade que rejeita o direito de viver e de exprimir uma opinião.

Durante estas sessões, serão debatidos vários temas, incluindo os desafios de segurança e sanitários em África, o papel da imprensa, a imprensa e as crises sanitárias em África.

-0- PANA JD/TBM/FK/IZ 03fev2015