Agência Panafricana de Notícias

PM líbio descarta laço entre seu país e tomada de reféns na Argélia

Tripolis, Líbia (PANA)- O primeiro-ministro líbio, Ali Zidane, descartou formalmente qualquer ligacao entre a Libia e a operação de tomada de reféns ocorrida em In Amenes (sudeste da Argélia), afirmando que o seu país não permitirá a ninguém ameaçar a segurança e a paz dos seus vizinhos.

O chefe do Governo líbio respondia assim as acusações da Argélia cujo ministro do Interior, Dahou Ould Kablia, afirmou quinta-feira que os grupos armados que executaram a operação de tomada de reféns no complexo de gás, em In Amenas, " provinham da Líbia e preparavam a sua ação na base de Al-Wigh no sudoeste do país".

Por seu turno, o ministro argelino dos Negócios Estrangeiros, Mourad Medelci, afirmou que o grupo "terrorista" atacou o complexo a partir do solo líbio.

Numa declaração feita à televisão líbia, sábado à noite, Zidane afirmou que a "base de Al-Wigh, situada no extremo sudoeste do país perto da fronteira com a Argélia, não foi utilizada para preparar o ataque em In Amena. Afirmamos que isto não aconteceu e nunca acontecerá".

A Líbia encerrou provisoriamente as suas fronteiras com a Argélia, o Níger, o Tchad e o Sudão, para melhor fazer face à insegurança na ampla região sariana no sul do país.

Este procedimento foi considerado, pelos observadores, como uma operação de prevenção das operações militares atualmente em curso no norte do Mali. A região é igualmente marcada pelo recrudescimento da violência, do tráfico de droga e armas e a infiltração dos emigrantes clandestinos.

A operação da tomada de reféns em In Amenes conheceu sábado um desfecho sangrento, depois do ataque do Exército argelino contra o último refúgio dos islamitas armados, fazendo 23 mortos entre os reféns e 32 entre os raptores, segundo um balanço fornecido pelo Ministério argelino do Interior.

-0- PANA AD/IN/SSB/MAR/IZ 20jan2013