Agência Panafricana de Notícias

PAM lanca "programa viveres contra trabalho comunitario" no Senegal

Dakar- Senegal (PANA) -- Os pequenos exploradores agricolas bem como as familias mais vulneraveis do Senegal poderao doravante fazer face ao aumento dos precos dos produtos de primeira necessidade e a consequente inseguranca alimentar, indica um comunicado do Programa Alimentar Mundial (PAM) divulgado terca-feira em Dakar.
Segundo a fonte, estes pequenos agricultores podem beneficiar deste favor gracas a uma contribuicao de sete bilioes 200 milhoes de francos CFA (mais de 15 milhoes de dolares americanos), colocada pela Uniao Europeia (UE) a disposicao do PAM no Senegal.
Este financiamento da UE podera satisfazer as necessidades de cerca de 460 pessoas vulneraveis de Pikine, suburbio de Dakar, bem como das provincias de Tambacounda (leste), Kedougou (sul), Kaffrine, Kaolack, Fatick (ao sudeste de Dakar), Ziguinchor e Kolda (sul), atraves de tres projectos implementados pelo PAM, designadamente "Viveres Contra Trabalho", "Viveres Para Formacao" e "As Ordens de Compras", le-se no texto.
Assim sendo, 200 mil pessoas vulneraveis na zona rural receberao viveres em troca da sua participacao em obras comunitarias, para a promocao da agricultura colectiva, a diversificacao das culturas, a arborizacao, a irrigacao e a resistencia as inundacoes (Viveres Contra Trabalho), de acordo com a mesma fonte.
Alem disso, 30 mil mulheres gravidas ou maes de criancas menores de cinco anos de idade, inscritas nas sessoes de formacao sobre as boas praticas nutrimentais, higienicas e sanitarias, receberao igualmente viveres para compensar o seu tempo de trabalho (Viveres Para Formacao), indica a nota.
Finalmente, 60 mil pessoas provenientes de 10 mil familias seleccionadas em Pikine, bem como 24 mil outras pessoas visadas em Ziguinchor, beneficiarao de ordens de compra que lhes permitirao procurar viveres nos armazens acreditados pelo PAM.
Esta contribuicao da Uniao Europeia, que se inscreve no quadro do programa "Facilitacao Alimentar" estimado em um biliao de euros, devera contribuir para dinamizar a produtividade agricola e preservar as familias senegalesas da vulnerabilidade alimentar.
A agricultura senegalesa nao permite manter toda a populacao que importa mais de duas vezes a quantidade de arroz produzida no local (150 mil toneladas), respondendo assim a um costume alimentar abandonado a favor do arroz e de outros cereais tradicionais tais como o milho e o fonio.