Agência Panafricana de Notícias

ONU ordena Exército sudanês a cessar tiros de artilharia em Abyei

Nairobi, Quénia (PANA) – A força de manutenção da paz da Organização das Nações Unidas (ONU) presente na região sudanesa de Abyei instou o Exército sudanês a cessar os disparos de artilharia perto da sua base, anunciou terça-feira a missão onusina num comunicado.

O comunicado sublinha que os tiros constantes perto das instalações da missão representavam uma ameaça para o seu pessoal.

« Os tiros de artilharia pesada perto das instalações da UNMIS perigam a vida de milhares de pessoas regressadas à zona, bem como a dos membros do pessoal da ONU », indicou a força de manutenção da paz.

« Convidamos as diferentes partes a demonstrar o máximo de retenção e a tentar resolver o conflito e a retomar o diálogo para reduzir as tensões », acrescentou a UNMIS.

A tensão é cada vez mais viva em Abyei desde 21 de maio quando as Forças Armadas do Sudão (SAF) lançaram ataques, tomando o controlo da região cobiçada apesar dum acordo de paz entre o norte e o sul que data de 2005.

As autoridades do Sudão Norte acusam os capacetes azuis da ONU presentes na região e compostos essencialmente por contingente zambiano de perder o controlo da região.

As últimas hostilidades intensificaram-se depois que as forças do Sudão Sul atacaram uma coluna de tropas do Sudão Norte e da ONU que ajudam as unidades integradas conjuntas, formadas pelos dois campos para proteger as intalações petrolíferas em Abyei a desdobrar-se.

A UNMIS ordenou as forças sudanesas a cessar imediatamente os tiros de artilharia perto dos seus gabinetes e a libertar os civis que foram raptados durante operações militares na região.

A força de manutenção da paz indicou que ela estava preocupada pela situação de segurança contínua em Abyei e no Estado de Kordofan situado no Sul e apelou às partes sudanesas para evitar qualquer violência suplementar que poderá trazudir-se por novas perdas em vida humanas.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas instou Cartum a retirar as suas tropas que ocupam a região mas o Governo de Cartum insiste no facto de que a sua ocupação é temporária e que ela se destinou a cumprir o vazio de segurança deixado pelos soldados  da ONU.

-0- PANA AO/VAO/AKA/TBM/SOC/MAR/IZ 08junho2011