Agência Panafricana de Notícias

ONU denuncia ataque contra residência de responsável de segurança em Tripoli

Tripoli, Líbia (PANA) – A Missão de Apoio das Nações Unidas na Líbia (UNSMIL, sigla em onglês) e a Comissão Nacional Líbia dos Direitos Humanos, uma Organização Não Governamental (ONG) na Líbia, denuncia o ataque armado de sexta-feira última a noite contra a residência do responsável da segurança pública em Tripoli, Salah al-Marghani.

Num tweet, a UNSMIL condenou o ataque contra a casa de Salah al-Marghani, que o feriu e matou sua mulher diante de seus filhos, sublinhando, sábado à noite, que "os assassinatos direcionados e raptos perpetrados no norte de Tripoli devem cessar".

Segundo a missão onusina, estes crimes violam os direitos humanos pelo que os seus autores devem ser julgados.

Do seu lado, a Comissão Nacional dos Direitos Humanos na Líbia condenou com veemência a mesma agressão contra a residência do comandante da 4ª Força de Apoio Especial, Salah al-Marghani, na província de Qasr Ben Ghashir, a cerca de 20 quilómetros a sul de Tripoli.

Num comunicado, a Comissão pediu ao Governo líbio de União Nacional e à Procuradoria-Geral para tomarem todas as medidas necessárias para se abrir um inquérito sobre este incidente trágico, a fim de identificarem os autores e processarem-nos em consequência.

A Comissão advertiu do silêncio persistente por parte das autoridades competentes e da ausência de ações sérias face à escalada de índices de homicídios extrajudiciais e de assassinatos em Tripoli e nos arredores.

Exortou a equipa do Comité Internacional de Peritos sobre a Líbia a abrirem um inquérito aprofundado sobre estes atos cometidos em Tripoli e nos arredores durante este período para que os autores sejam julgados através de mecanismos internacionais.

A Comissão sublinhou que as execuções extrajudiciais constituem não apenas infrações penais a nível local, mas também uma violação do Direito Internacional dos Direitos Humanos e do Direito Internacional Humanitário e crimes de guerra.

Os autores destes crimes odiosos poderão ser processados enquanto criminosos de guerra, sublinhou o comunicado.

-0- PANA BY/BEH/IBA/FK/DD 17dez2018