Agência Panafricana de Notícias

ONU anuncia para maio próximo estratégia para segurança na Líbia

Tripoli, Líbia (PANA) – A Missão de Apoio das Nações Unidas na Líbia (MANUL) anunciará a sua estratégia para fazer face à situação de segurança na Líbia antes de maio próximo, anunciou quarta-feira o chefe desta missão, Ghassan Salamé.

Num exposição sobre o relatório periódico no Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU), apresentado quarta-feira, a partir da sede da MANUL em Tripoli, na Salamé sublinhou a necessidade de “a responsabilidade pela segurança" ser assumida por instituições nacionais e não por grupos armados.

O também enviado da ONU na Líbia indicou que « numerosos jovens sobrevivem graças ao uso ilegal de armas de fogo», advogando a sua "reinserção na vida civil".

Alertou para a presença persistente na Líbia de organizações do Daech (Estado Islâmico) e da nebulosa Al-Qaeda, autores de ataques nos últimos dias.

Também mencionou a presença de « grupos armados, incluindo os integrados na estrutura do Estado, que continuam a agir fora da lei violando os direitos humanos ».

O enviado da ONU declarou que « a situação em Sebha (sul líbio) está muito preocupante », e que « as rivalidades locais, os conflitos entre atores políticos e militares líbios, a presença crescente de mercenários estrangeiros complicam seriamente a busca de soluções » para a crise líbia.

Sublinhou que « as Nações Unidas estão prontas para servir de medianeiro se as partes líbia lhes o pedirem ».

Advertiu que « as instituições atuais assentam na legitimidade de mandatos superficiais rompidos ou decorrentes de órgãos concorrentes ».

A seu ver, « para a liderança, a unificação e a tomada de decisões difíceis, o Governo deve emanar do povo. Isso significa a organização de eleições ».

Salamé indicou que a MANUL registou « progressos em matéria de inverter a exclusão mútua existente no processo de paz na Líbia, comunicando-se com as comunidades marginalizadas, incluindo apoiantes do antigo regime ».

Frisou ter feito esforços igualmente para « convencer grupos étnicos, cidades e partidos políticos rivais da necessidade da convergência”.

-0-PANA BY/BEH/FK/DD 22março2018