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Moçambique projeta 5,5% de crescimento económico em 2017

Maputo, Moçambique (PANA) – Moçambique espera registar, em 2017, um crescimento económico anual de 5,5 porcento contra os 3,9 porcento do ano corrente, segundo as projeções do Plano Económico e Social (PES) e do Orçamento do Estado (OE) para 2017, apresentados quarta-feira na Assembleia da República (Parlamento).

Inicialmente, a previsão para o corrente ano era de um crescimento económico de sete porcento, mas acabou sendo revisto em baixa devido a fatores adversos, tais como a queda do preço de matérias-primas no mercado internacional.

Fazendo a apresentação das propostas para o próximo ano, o primeiro-ministro moçambicano,
Carlos Agostinho do Rosário apontou a indústria extrativa como o principal setor que vai catapultar a economia.

As projeções indicam um crescimento de 24 porcento para a indústria extrativa, seguido de eletricidade e gás (8,9), agricultura, produção animal, caça e florestas (5,9).

Para o corrente ano, a previsão era um crescimento de 13,2 porcento para a indústria extrativa, eletricidade e gás (8,7) e setor agrário (3,8).

A inflação média anual projetada para 2017 é de 15,5 porcento. Dados mais recentes indicam que a inflação média para o corrente ano deverá situar-se nos 18 porcento.

Com relação à produção agrícola, o PES aponta para um aumento de 25 porcento na produção de arroz em 2017, para atingir 413 mil toneladas, contra 331 mil toneladas em 2016.

A produção de mandioca deverá crescer 20 porcento, passando de 9,1 milhões de toneladas de 2016, para 10,92 milhões de toneladas em 2017.

No caso da batata-doce, a produção deverá atingir 12 porcento, passando de 1,6 para 1,8 milhões de toneladas.

Sobre as culturas de rendimento, o PES prevê um aumento de 28 porcento na produção de cana-de-açúcar, algodão (19) e castanha-de-cajú (15).

O primeiro-ministro reconheceu a importância da agricultura para o desenvolvimento rural, razão pela qual o OE vai aumentar, para este setor, de 7,9 porcento em 2016 para 8,7 porcento em 2017.

“A agricultura é o setor determinante para a geração de emprego e riqueza para a maioria da nossa população bem como para a redução do custo de vida”, disse o governante.

Sobre a indústria extrativa, ele manifestou o seu optimismo após o compromisso assinado pela multinacional britânica BP para a compra de toda a produção do Gás Natural Liquefeito (GNL) produzido no Campo Coral Sul, na Bacia do Rovuma, pela empresa italiana ENI.

“O arranque do projeto do Coral Sul em 2017 assegura que a comercialização do gás natural liquefeito inicie dentro do cronograma previsto, o que colocará Moçambique no mapa de países exportadores de gás natural liquefeito”, disse.

-0- PANA AIM/IZ 08dec2016