Agência Panafricana de Notícias

Médicos ganenses grevistas duvidam da vinda de médicos cubanos ao Gana

Accra, Gana (PANA) – Os médicos ganenses em greve têm dúvidas sobre a decisão do Governo de fazer vir médicos cubanos para prestar serviços nas infraestruturas sanitárias, devido aos custos que tal empreendimento acarreta.

As dúvidas deles têm a ver com a assinatura esta semana de um acordo entre o Gana e Cuba, nos termos do qual o segundo colocará à disposição do primeiro 300 médicos e formará 250 Ganenses na prática da medicina.

Mas a Associação dos Médicos do Gana (GMA), que observa a sua terceira semana de greve para reclamar por melhores salários, põe em dúvida a decisão do Governo.

O secretário-geral adjunto da GMA, Justice Yankson, citado quarta-feira pela rádio Citifm baseada em Accra, interroga-se se os médicos cubanos serão pagos.

"Se eles serão pagos, então porque não pagais os vossos próprios compatriotas?", interrogou-se Yankson, considerando que o acordo prevê muito dinheiro para os Cubanos comparativamente àquilo que é preciso dar aos médicos ganenses.

"Muitas pessoas não sabem que, quando estes médicos vêm ao país, gastamos muito dinheiro para eles. Às vezes gastamos mais para eles do que para os médicos ganenses", denunciou.

Porém, o Governo, sem tardar, declarou que os Cubanos não vêm ao Gana para substituir os Ganenses porque, sublinhou, vários médicos cubanos estão no país há muitos anos no quadro dum protocolo de cooperação.

Segundo o ministro da Saúde, Sherry Ayittey, os médicos cubanos sempre apoiaram o Ministério da Saúde, pois a população ultrapassa o número de médicos que o país forma.

-0- PANA MA/SEG/NFB/JSG/IBA/FK/DD 02maio2013