Agência Panafricana de Notícias

Medianeiro minimisa saída do JEM do processo de paz em Darfur

Tripoli- Líbia (PANA) -- A retirada do Movimento para a Igualdade e Justiça (JEM, rebelião) do processo de paz em Darfur (oeste sudanês), facilitado por Doha (Qatar), "não significa o fracasso deste processo", declarou o medianeiro das Nações Unidas e da União Africana (UA) em Darfur, Djibril Bassolé.
Bassolé indicou que não é a pela primeira vez que o JEM, cossignatário do acordo-quadro de paz de Doha, a 23 de Fevereiro passado, suspende a sua participação no porocesso de paz para regressar novamente à mesa das negociações.
Ele afirmou que o processo de Doha deve continuar mas que, ao mesmo tempo, se vai, "por todos os meios" convencer o líder do JEM, Khalil Ibrahim, a reatar com as negociações.
O medianeiro da ONU e da UA disse, durante uma entrevista à PANA, à margem da 12ª cimeira da Comunidade dos Estado Shelo-Sarianos (CEN-SAD), finda sexta-feira última em N'Djamena (Tchad), que num processo de paz, como o de Doha, não é preciso falar em termos de fracasso, mas sim em termo de avanços e ganhos.
Ele sublinhou que apenas haverá uma solução global e definitiva quando todas as partes e os protagonistas se comprometerem a fazer a paz.
"A única via para se chegar a uma paz duradoura é prosseguir com o diálogo", sustentou.
A região de Darfour é assolada por uma guerra civil desde Fevereiro de 2003, recorde-se.