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Marrocos inicia programa de emergência para realojamento de vítimas

Rabat, Marrocos (PANA) - As autoridades marroquinas criaram um programa de emergência para o realojamento das vítimas e o cuidado das pessoas mais afectadas pelo terramoto que atingiu o país do Norte de África há uma semana.

O terremoto de magnitude 6,8 ocorrido a 8 de setembro, considerado o mais forte em mais de um século e o mais mortal em seis décadas, deixou 2.946 mortos e 5.674 feridos, segundo o Ministério do Interior.

Segundo a Agência de Informação Marroquina (MAP), um comunicado de imprensa do Gabinete Real indica que a primeira fase do programa de realojamento apresentado quinta-feira ao rei Mohammed VI abrange cerca de 50 mil casas total ou parcialmente desabadas nas cinco províncias.

Trata-se, por um lado, de medidas de realojamento temporário de emergência para alojamento local em estruturas adaptadas ao frio e às intempéries, ou em locais de acolhimento equipados com todas as comodidades necessárias.

Além disso, o estado fornecerá ajuda de emergência de 30.000 dirhams (aproximadamente 3.000 dólares) às famílias afetadas.

A segunda fase consiste na reconstrução imediata, que terá início após as operações preliminares e os trabalhos de preparação e estabilização do terreno.

Para este fim, foi fornecida ajuda financeira directa de 140.000 dirhams (aproximadamente 14.000 dólares) para casas completamente desabadas, e 80.000 dirhams (aproximadamente 8.000 dólares) para cobrir trabalhos de reabilitação em casas parcialmente desabadas.

“Além de reparar os danos causados ​​pelo terramoto, estas medidas envolverão também o lançamento de um programa ponderado, integrado e ambicioso de reconstrução e modernização geral das regiões afectadas, tanto em termos de reforço das infra-estruturas como de melhoria da qualidade dos serviços públicos. ", precisa o comunicado de imprensa.

O Rei Mohammed apelou ao cuidado imediato das crianças órfãs que deveriam ser registadas e receber o estatuto de tutelados da nação.

Ele pediu ao governo para iniciar um processo de adoção dessas crianças.

O sismo ocorreu a uma profundidade de aproximadamente 8 quilómetros e o epicentro está localizado no município de Ighil, na província de Al Haouz, cerca de 70 quilómetros a sul de Marraquexe, nas montanhas do Atlas.

As áreas mais afectadas são as províncias e municípios de Al Haouz, Marraquexe, Ouarzazate, Azilal, Chichaoua e Taroudant.

Os edifícios ruíram e em algumas aldeias todas as estruturas foram destruídas.

As autoridades marroquinas aceitaram até agora a ajuda de Espanha, Qatar, Emirados Árabes Unidos e Reino Unido para equipas de busca e salvamento, segundo o Ministério do Interior.

Os esforços das diversas autoridades permitiram a reabertura da estrada que conduz a Ighil, a zona mais afectada pelo sismo, facilitando assim a entrega de ajuda à população afectada.

-0- PANA MA/MTA/JSG /MAR 15sept2023