Agência Panafricana de Notícias

Mali abre inquéritos sobre assassinato de cidadãos mauritanos no seu território

Ouagadougou, Burkina Faso (PANA) - O Governo do Mali reagiu quarta-feira à noite, ao assassinato de cidadãos mauritanos ocorrido no território maliano, sublinhando que um inquérito foi aberto para elucidar os factos.

Num comunicado, o Governo maliano explicou que o coronel Assimi Goita (Presidente da Transição) ordenou a abertura de um inquérito para esclarecer a situação.

Decidiu enviar com urgência uma missão de alto nível a Nouakchott (Mauritânia) a fim de lançar ações vigorosas para reforçar cada vez mais  a fraternidade e a cooperação entre os dois países, nomeadamente nos domínios da gestão das fronteiras comuns, da defesa e da segurança de pessoas e bens.

A mesma fonte sublinha que o Governo maliano foi informado sobre a convocação do embaixador do Mali na Mauritânia, a 8 de março de 2022, no Ministério dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Mauritanos do Exterior para lhe significar o assassinato de cidadãos mauritanos ocorrido no território maliano, nas imediações da fronteira comum.

O Mali está preocupado com este incidente trágico numa altura em que o país irmão e amigo, a República Islâmica da Mauritânia, dá o seu apoio, particularmente o abasecimento nornal das populações malianas vitimas de sanções ilegais, ilegítimas e desumanas da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e da União Económica Monetária Oeste-Africana (UEMOA),  defendeu o comunicado.

O Governo maliano afirmou que, neste a fase, nenhuma prova põe em causa  as Forças Armadas Malianas (FAMA) que respeitam os direitos humanos e agem sempre com profissionalismo no seu combate ao terrorismo, lê-se na nota.

Autoridades malianas não pouparão nenhum esforço para buscar e deter os culpados destes crimes hediondos a fim de os levarem perante jurisdições competentes.

De facto, informações segundo as quais civis mauritanos mortos pelas Forças de Defesa e Segurança malianas nas localidades de Bassukounou e Fassala, na fronteira com o Mali, suscitaram vivas reações da oponião nacional e internacional.

-0- PANA TNDD/JSG/SOC/FK/DD 10março2022