Agência Panafricana de Notícias

Kadafi condena ataques contra Islão e casas de Deus na Suíça

Benghazi- Líbia (PANA) -- O guia líbio, Muamar Kadafi, denunciou vigorosamente quinta-feira à noite em Benghazi a campanha racista desencadeada pela Suíça contra as casas de Deus e as caricaturas que atentam contra o Profeta Maomé.
Num discurso pronunciado por ocasião da celebração do aniversário do nascimento do Profeta Maomé, Kadafi convidou os muçulmanos a boicotar a Suíça, as suas Embaixadas, os seus produtos, os seus navios e os seus aviões e a não acolher os seus turistas nos países islâmicos.
Exortou os muçulmanos a impedir a aterragem no mundo islâmico de qualquer avião suíço, proibir qualquer navio suíço de acostar nos seus portos e a inteditar a venda dos produtos helvéticos nos supermercados.
Afirmou que qualquer muçulmano que trabalhe com a Suíça ou qualquer país que autorize a publicação e a difusão das caricaturas que atentam contra o Profeta Maomé é um profano que age contra Deus, Maomé, o Islão e o Corão.
O líder líbio apelou para uma verdadeira Jihad (guerra santa) contra os que destroem as casas de Deus e aterrorizam os muçulmanos, contra o sionismo que ataca a liberdade do povo palestino, a mesquita Al-Aqsa em Al-Qods (Jerusalem), afirmando que a luta do povo palestino é uma luta dos mais sagrados.
Interrrogou-se como se pode confundir o terrorismo e a luta armada como deseja o Ocidente, citando a título de exemplo a luta dos Palestinos para libertar o seu território e as suas casas ocupadas, bem como os seus pais que estão nas prisões sionistas e para o regresso dos refugiados às suas aldeias e cidades de onde eles foram expulsos em 1948 e 1967, afirmando que esta luta é uma das mais sagradas.
Kadafi denunciou ainda o silêncio observado pelo mundo muçulmano face à destruição das casas de Deus, à publicação das caricaturas que atentam contra o Profeta Maomé, às agressões e às profanações dos locais santos dos muçulmanos.
Emitiu dúvidas quanto à verdadeira fé dos que se calam e continuam a tratar de amigo os países onde são destruídas as casas de Deus e onde se transgride a inviolabilidade da mesquita Al-Aqsa.
O líder líbio indicou que todo aquele que trabalhar com os que destroem a mesquita Al-Aqsa e lhes apoiar não é muçulmano.