Agência Panafricana de Notícias

Frelimo espera uma Renamo totalmente desarmada

Maputo, Moçambique (PANA) – A Frelimo, o partido governamental em Moçambique, espera que com a assinatura, sexta-feira, em Maputo, do acordo de cessação de hostilidades militares, se inicie, efetivamente, o ciclo de desarmamento dos homens armados da Renamo e sua consequente reinserção social.

Esta medida, segundo o porta-voz do partido Frelimo, Damião José, visa criar condições para que os homens armados da Renamo, o maior partido de oposição, usufruam dos seus direitos e participem, diretamente, no desenvolvimento do país.

Em conferência de imprensa em Maputo, Damião José disse que a Frelimo se congratula com a assinatura do acordo e a homologação dos consensos alcançados em sede do diálogo.

“De igual modo, a Frelimo saúda a Renamo por, finalmente, ter compreendido que, ao enveredar pelo caminho das armas e da morte de cidadãos inocentes, estava do lado errado da história. Desde sempre, o desejo do povo foi de continuar a consolidar a unidade nacional, a paz e desenvolvimento do país”, disse o porta-voz.

De acordo com ele, a Frelimo entende que a assinatura deste acordo é uma prova inequívoca da vitória do povo moçambicano pela consolidação da unidade nacional e da paz já que o povo nunca se cansou de repudiar as hostilidades e apelar ao diálogo pela paz.

A Frelimo, segundo Damião José, reafirma o seu comprometimento na promoção do diálogo com todas as forças vivas da sociedade para se ultrapassar as diferenças que, doravante, possam existir.

Para o porta-voz da Frelimo, o dia de sexta-feira, 05 de Setembro de 2014, ficará registado na “memória de todos nós”.

Na história da busca da paz pela Frelimo e pelo povo moçambicano, o 05 de Setembro é um dos dias que recorda o 07 de Setembro de 1974, em que a Frelimo, representando o povo moçambicano, assinou, com o Governo colonial português, os acordos de Lusaca (Zâmbia), que culminaram com a proclamação da independência nacional, a 25 de Junho de 1975, lembrou.

Damião José comparou ainda a data com o 04 de outubro de 1992 em que o Governo e a Renamo assinaram o Acordo Geral de Paz (AGP), em Roma, na Itália, pondo termo à guerra civil de 16 anos.

-0- PANA AIM/ALM/MZ/IZ 07set2014