Agência Panafricana de Notícias

Fórum das forças favoráveis à mudança em destaque na imprensa mauritana

Nouakchott, Mauritânia (PANA) – O Fórum para a Unidade e Democracia (FUD) e as oportunidades de um novo diálogo entre o poder e a oposição, a alguns meses das eleições presidenciais previstas para junho a julho próximos foram os principais assuntos comentados pela imprensa mauritana na semana finda.

O diário "l’Authentique" aborda as dificuldades encontradas na organização do encontro entre a oposição radical e todas as forças favoráveis à mudança mas preocupadas com um "provável fracasso face aos demónios da desconfiança que até agora impediram uma verdadeira coesão no seio das forças hostis ao presente poder executivo".

O jornal evoca as ameaças de boicote, finalmente dissipadas, da Coligação das Forças Democráticas (RFD), o histórico e o mais importante partido da oposição, devido à disputa de precedência com o movimento islamita que se tornou na primeira força da oposição parlamentar devido ao boicote das últimas eleições legislativas por este movimento, liderado por Ahmed Ould Daddah, e por seus aliados.

O semanário "Le Calame" publica uma entrevista do presidente do Movimento para a Refundação (MPR), Kane Hamidou Baba, em que este último explica o objetivo do Fórum para a Unidade e a Democracia cujos "participantes terão de elaborar uma plataforma sobre as condições de uma eleição presidencial transparente, credível e consensual".

Por sua vez, "Le Quotidien de Nouakchott" constata igualmente que, antes do início dos seus trabalhos, o Fórum para a Unidade e a Democracia já sofre de diferendos entre alguns dos seus membros".

Este órgão fala ainda sobre a atitude da Coligação das Forças Democráticas que ameaça boicotar o encontro.

Por sua vez, o semanário "Biladi" aborda as atividades do chefe do Estado mauritano, Mohamed Ould Abdel Aziz, enquanto Presidente em exercício da União Africana (UA).

Este órgão ressalta que Ould Abdel Aziz se deslocou, terça-feira, a Addis Abeba (Etiópia), com vista a assistir à assinatura de um acordo de paz entre os protagonistas da guerra no Sudão do Sul.

Também se interroga sobre « como é possível que o nosso Presidente vá tão longe celebrar o entendimento entre os outros ao passo que na nossa casa a oposição e o poder já não se falam?

O jornal acha isto paradoxal tanto mais que se está na véspera de um escrutínio capital para o país e para o próprio Presidente da República.

-0- PANA SAS/JSG/CJB/DD 3mar2014