Ex-PM desmente sua associação a projeto de desestabilização da Transição no Mali
Bamako, Mali (PANA) - O antigo primeiro-ministro maliano, Boubou Cissé, negou a sua implicação num “projeto de desestabilização da Transição”, indica um comunicado a que a PANA teve acesso.
« Há alguns dias, o meu nome está associado, através das redes sociais, a um projeto de desestabilização da Transição do qual alguns supostos autores foram objeto de medidas de detenção pelos Serviços de Segurança do Estado”, nota o comunicado do último primeiro-ministro de Ibrahim Boubacar Kéita, destituído do poder por um golpe de Estado militar perpetrado a 18 de agosto último.
Boubou Cissé, que também dirigiu o Ministério das Finanças sob o regime do Presidente Kéita, diz, por outro lado, considerar como testemunha a opinião pública nacional e internacional face a uma “hedionda tentativa de desacreditar” a sua pessoa e “ o ideal político “ que ele deveria representar”.
« Eu não estou direta nem indiretamente, de qualquer modo, associado a um projeto de desestabilização das instituições do meu país e, eu desafio qualquer pessoa a dar a prova contrária”, defende-se Boubou Cissé, que acrescenta que o seu “sentido elevado do Estado, o seu respeito pelas “instituições democráticas e repúblicanas” lhe “proibem de participar numa qualquer conspiração contra o Mali”.
A Segurança do Estado deteve neste caso de desestabilização da Transição no Mali três pessoas das quais o célebre cronista Mohamed Bathjily “Ras Bath” e o diretor da empresa de apostas mútuas, considerado como um próximo do deposto regime.
O Mali vive atualmente num período de transição que durará oito meses, desde a destituição do regime de Ibrahim Boubacar Kéita
O país é dirigido por um Presidente da Transição e chefe de Estado, o coronel-major aposentado Bah N’Daw, um Vice-Presidente e líder dos golpistas , , o coronel Assimi Guindo, e um primeiro-ministro, Moctar Ouane, antigo diplomata.
-0- PANA GT/JSG/SOC/FK/IZ 23dez2020