Agência Panafricana de Notícias

Estados Unidos preocupados com assassinato de militante de sociedade civil no leste da Líbia

 

Trípoli, Líbia (PANA)  - A Embaixada norte-americana na Líbia exprimiu terça-feira à noite a sua viva preocupação após o assassinato, no mesmo dia, da advogada e militante da sociedade civil, Hanan al-Barassi,  em Benghazi (leste), denunciando a tomada como alvo de ativistas pacíficos.

A vítima é advogada e militante da sociedade civil líbia, assassinada a tiros terça-feira à tarde, na rua 20, no centro da cidade de Benghazi, por homens armados desconhecidos.

"Estamos muito preocupados e acompanhamos de perto  informações da imprensa segundo as quais Hanan al-Barassi, uma advogada comprometida ativamente com a luta contra o corrupção na Líbia, foi assassinada hoje em Benghazi”, lê-se na nota.

Para a embaixada norte-americana,  calar vozes de militantes pacíficos não deve ser tolerado, e "reafirmamos o nosso firme compromisso de permitir a todos os Líbios, incluindo  mulheres e jovens, exprimirem a sua opinião sobre o futuro do seu país.”

Sublinhou igualmente que, enquanto os Líbios de todas as cores políticas estiverem reunidos em Túnis, este crime descarado sublinha a importância de se estabelecer "um governo responsável diante do povo líbio, face à corrupção e à força brutal de ditar o futuro da Líbia.”

Exortou no entanto às autoridades líbias a investigarem sobre este assassinato e julgarem todos os seus autores em Tribunal. 

A embaixada aproveitou, por outro lado, esta oportunidade para exprimir a sua preocupação relativamente a informações segundo as quais passageiros provenientes, de voo, de Benghazi para Tripoli, foram ilegalmente detidos à sua chegada, nestes primeiros voos comerciais, do leste para oeste, após a sua retomada.

Acrescentou que, na véspera duma solução política para o conflito na Líbia, "a era de civis desaparecidos e assassinados deve terminar agora”.

Do seu lado, o embaixador da Alemanha na Líbia, Oliver Owcza, exprimiu o seu choque face ao “assassinato cobarde” da militante dos direitos humanos Hannan al-Barassi, ocorrido terça-feira última em Benghazi.

O diplomata escreveu num tweet estar "chocado e horrorizado pelo assassinato cobarde, hoje (terça-feira), de Hanan al-Barassi numa rua larga de Benghazi."

Os nossos pensamentos vão à sua família e aos seus amigos, lamentou, sublinhando a necessidade de pedir contas aos autores.

Afirmou que "vozes fortes como Hanan al-Barassi, que trabalham para um futuro pacífico para a Líbia,  continuarão a nortear a nossa cooperação.”

-0- PANA BY/TBM/FK/DD 11nov2020