Agência Panafricana de Notícias

Diáspora pede devolução de corpos de militares mauritanos exectuados

Nouakchott- Mauritânia (PANA) -- Uma organização da diáspora mauritana designada "Forças de Libertação Africana da Mauritânia (FLAM)" exigiu a restituição às suas respectivas famílias dos restos mortais de 28 militares vítimas das execuções extrajudiciais de 27 de Novembro de 1990, soube-se segunda-feira em Nouakchott.
Numa petição a que a PANA teve acesso, as FLAM pedem igualmente a construção dum memorial em homenagem a estes soldados "vítimas do chauvinismo e do racismo", interpelando a União Africana (UA) e o Comité dos Direitos Humanos das Nações Unidas para o julgamento dos presumíveis autores "destes crimes indescritíveis".
Os herdeiros de várias centenas de militares negros vítimas de execuções extrajudiciais entre Setembro de 1990 e Fevereiro de 1991 sob o regime de Maaouya Ould Sid'Ahmed Taya foram indemnizados pelo novo poder do Presidente Mohamed Ould Abdel Aziz, que pediu desculpas em nome do Estado.
A vertente penal deste caso continua no entanto rodeada dum espesso mistério.