Conselho soberano do Sudão rejeita qualquer diálogo com rebeldes
Porto Sudão, Sudão (PANA) - O Conselho Soberano de Transição do Sudão desmentiu categoricamento informações de certos media e redes sociais sobre negociações diretas ou indiretas em Washington (Estados Unidos) entre as Forças Armadas Sudanesas (SFA, sigla em inglês), e as Forças de Apoio Rápido (SFR, sigla em inglês), milícia rival, soube a PANA de fonte oficial.
“O Conselho faz questão de afirmar que estas informações são falsas”, declarou quinta-feira a mesma entidade num comunicado de imprensa.
Reiterou que a posição do Governo sudanês continua firme e clara no tocante a qualquer diálogo ou acordo, neste caso o "compromisso a favor de uma solução nacional que preserve a soberania, unidade, estabilidade e os direitos do povo sudanês.
A reação governamental segue-se a informações persistentes postas a circular relativamente a negociações indiretas entre delegações representantes das FAS e das FSR, em Washington, a capital norte-americana.
A guerra civil no Sudão opõe as FAS às FSR, ambas outrora aliadas, que se desentenderam a 15 de abril de 2023, pegando em armas e fazendo a guerra.
Os combates violentos deslocaram mais de 10 milhões de pessoas, destruindo grande parte da cidade capital, Cartum, e desencadeando uma das piores crises humanitárias no mundo.
Quarta-feira última, o Governo sudanês rejeitou as conclusões do Conselho da União Europeia, que sublinha que “cabe aos dirigentes das FAS e das FSR responsabilidade primeira de pôr fim ao conflito no país Mercredi, assim como aos que as apoiam.”
Numa declaração firme do Ministério sudanês dos Negócios Estrangeiros, o Governo afirmou que as conclusões anunciadas pelo Conselho da UE visam dar legitimidade às FSR, ignorando ao mesmo tempo as violações que elas cometeram contra civis.
Citando a referida declaração, Sudan Tribune, dos media sudaneses, indicou que estas conclusions demonstram “uma abordagem errada” da situação no Sudão, denunciando “agendas contraditórias dos Estados que privilegiam os seus interesses supremos em vez da realização da paz como princípio fundamental no Sudão.”
-0- PANA MO/MA/BAI/IS/SOC/DD 24out2025

