Agência Panafricana de Notícias

Conselho de Segurança da ONU exige cessação de combates entre Sudão e Sudão Sul

Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) - O Conselho de Segurança das Nações Unidas exigiu a cessação imediata dos combates entre o Sudão e o Sudão Sul, advertindo de que eles poderão desembocar numa guerra total entre os dois países.

"Esta situação preocupante manifestou-se mais recentemente com a tomada e a ocupação da cidade de Heglig e dos seus jazigos petrolíferos no Sudão pelo Exército sul-sudanês, o Exército Popular de Libertação do Sudão (SPLA)", indica o Conselho num comunicado divulgado em Nova Iorque.

O Conselho de Segurança exigiu a cessação total, imediata e sem condição de todos os combates, a retida do SPLA de Heglig, a cessação dos bombardeamentos aéreos da SAF (Forças Armadas Sudanesas) e o fim dos incidentes repetidos na fronteira entre o Sudão e o Sudão Sul.

Ele pede igualmente a cessação do apoio às duas partes pelos mandatários nos países vizinhos e exige dos países o redesdobramento das forças a 10 quilómetros da fronteira Norte-Sul de 1956, em conformidade com os acordos assinados no ano passado.

Ele convida-lhes a tomar medidas imediatas para estabelecer "uma zona fronteira desmilitarizada" e a ativar o Mecanismo Comum de Supervisão e de Verificação Transfronteiriço.

O Conselho de Segurança exorta ainda os Governos do Sudão e do Sudão Sul a resolver com urgência e de maneira pacífica os seus diferendos sobre a segurança e a gestão fronteiriça, as situações em Kordofan Sul, no Nilo Azul e em Abyei e todos os pontos de diferendo do Acordo de Paz Global (CPA) objeto de desconfiança entre os dois países.

Ele insiste igualmente na necessidade para os dirigentes dos dois países de se reunir imediatamente como previsto para encontrar uma solução a estes problemas que entravam a instauração duma paz duradoura.

Por seu lado, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, advertiu em Genebra que uma guerra entre o Sudão e o Sudão Sul apenas exacerbará os sofrimentos das populações dos dois países.

"O que é preciso é vontade e liderança políticas", declarou Ban durante uma conferência de imprensa.

"Esta crise requer a atenção total e urgente da comunidade internacional. Discuti a situação com a Secretária de Estado americana, Hillary Clinton, bem como com o primeiro-ministro etíope, Meles Zenawi, com o Presidente Yoweri Museveni do Uganda e estarei em relação estreita com os dirigentes da região e do mundo nos próximos dias", indicou Ban.

-0- PANA AA/SEG/FJG/JSG/MAR/TON 13abril2012