Agência Panafricana de Notícias

Cimeira Árabo-Africana condena terrorismo sob todas as formas

Sirtes- Líbia (PANA) -- Os dirigentes árabes e africanos condenaram domingo em Sirtes, no centro da Líbia, o terrorismo sob todas as suas formas e em todas as suas manifestações.
Numa "Declaração de Sirtes" divulgada no final da segunda cimeira árabo-africana, eles sublinham que os crimes perpetrados pelos grupos terroristas constituem graves atentados contra os direitos humanos fundamentais e uma ameaça constante à integridade nacional, à segurança e estabilidade dos países.
Eles sugerem a convocação duma conferência internacional, sob os auspícios das Nações Unidas, para analisar o "crime de terrorismo" dando-lhe uma definição para fazer a diferença entre o terrorismo e o direito dos povos de lutar contra a ocupação e deixar de ligar o terrorismo a uma nacionalidade ou religião.
Os dirigentes árabes e africanos sublinham também a importância de reforçar a cooperação, a coordenação, a troca de perícias e informações bem como desenvolver as capacidades dos órgãos de luta contra o terrorismo e colaborar com vista a atacar as raizes do terrorismo e eliminar os elementos que o fomentam através da supressão de focos de tensão e do princípio de "dois pesos duas medidas" na aplicação da legalidade internacional.
A Declaração sublinha a necessidade de pôr termo à ocupação e a agressões contra os direitos humanos e contra a dignidade e manifesta o sentimento de solidariedade dos dirigentes árabes e africanos quanto à criminalização do pagamento de resgates a grupos terroristas pois, defendem, constituem uma das principais fontes de financiamento do terrorismo bem como a rejeição de qualquer tipo de chantagem por parte dos grupos terroristas.
O texto sublinha igualmente a importância da iniciativa do Guarda de duas Mesquitas Sagradas, o rei da Arábia Saudita, visando a criação de um centro internacional de luta contra o terrorismo.
Os dirigentes africanos e árabes manifestaram a sua preocupação face à continuação e expansão das operações de pirataria marítima, afirmando o seu apoio aos esforços envidados pela Comissão da União Africana (CUA) e pela Liga Árabe neste assunto e congratularam-se com a elaboração duma estratégia continental para a gestão da navegação marítima.
Renovaram o seu apelo à Assembleia Geral das Nações Unidas para empreender negociações destinadas à conclusão dum acordo internacional que ponha termo ao fenómeno da pirataria.