Agência Panafricana de Notícias

Cheias fazem 117 mortos no centro e norte de Moçambique

Maputo, Moçambique (PANA) – O número de vítimas das cheias e enxurradas, que desde o início do ano estão a fustigar as regiões centro e norte de Moçambique, subiu para 117 na sequência do desabamento de casas e de solos, do arrastamento pelas águas bem como das descargas elétricas, vulgarmente denominadas por relâmpagos.

O universo de pessoas afetadas também subiu de 90 mil e 463 (equivalentes a 20 mil e 494 famílias) para os atuais 157 mil e 172 (32 mil e 711 famílias), sendo a província central da Zambézia a mais afetada com 124 mil e 381 pessoas.

O agravamento da situação, não obstante o abrandamento considerável das precipitações, causou um aumento do número de pessoas acolhidas nos Centros de Acomodação, que atualmente ronda os 50 mil e 357 (11 mil e 682 famílias) contra os seis mil e 328 (29 mil e 815 famílias) da atualização feita semana passada.

A informação está contida no documento sobre a situação de emergência nas zonas centro e norte do país, referente ao período entre os dias 20 e 25 do mês em curso, produzido pelo Conselho Técnico de Gestão de Calamidades, e faz uma sinópse do impacto das calamidades registadas na presente época chuvosa e das ações realizadas.

As calamidades, segundo o documento, tiveram igualmente um impacto sobre o setor da agricultura e segurança alimentar, ao destruírem 33 mil e 648 hectares de culturas diversas, cujo impacto se faz sentir sobre um universo de 27 mil e 838 famílias.

Para mitigar o impacto, as famílias que perderam culturas e estão nos Centros de Acomodação recebem diversos bens alimentares (farinha, arroz, feijão, açúcar, óleo), bem como outros não alimentares de higiene individual e coletiva, incluindo sabão, baldes e mantas.

No capítulo da educação e desenvolvimento humano, a situação de cheias e enxurradas também afetou na Zambézia um universo de 76 mil e 750 alunos e 691 professores.

No quadro de ações de resposta, às diversas áreas, decorrem esforços de reconstrução das salas de aulas destruídas, assim como de rodovias para assegurar a rápida transitabilidade entre o centro e o norte, sobre a bacia do Licungo onde a ponte sofreu uma ruptura devido a fúria das águas.

-0- PANA AIM/LE/SG/IZ 27jan2015