Agência Panafricana de Notícias

Cerca de 15 porcento de Africanos tiram subsistência dos recursos de montanhas

Addis-Abeba, Etiópia (PANA) – Cerca de 15 porcento das populações africanas tiram a sua subsistência dos recursos de montanhas, segundo os documentos de base da sétima sessão do Comité para a Segurança Alimentar e Desenvolvimento Sustentável, que decorre em Addis Abeba.

Segundo estes documentos de que a PANA obteve a cópia, "as montanhas são importantes, não apenas para a população que nelas mora, mas também para milhões de outras pessoas através de imbricações complexas. Perto de 15 porcento da população africana tiram delas a sua subsistência".

As montanhas constituem importantes reservas de recursos naturais para o desenvolvimento do continente, nomeadamente a água, minerais, produtos agrícolas, florestas, a energia e a diversisdade biológica, indica-se.

Além das suas caraterísticas comuns, nomeadamente relevos relativamente elevados e declives abrutos, as montanhas africanas são notavelmente diversificadas, o que reforça a sua importância para o desenvolvimento sustentável.

Elas oferecem um quadro ideal para a produção de hidroeletricidade graças aos riachos que delas jorram, favorecendo assim o uso da energia renovável que é um catalizador eficiente do desenvolvimento económico, além das reservas de lenha que nelas abundam.

Os ecossistemas de montanha desempenham um papel importante enquanto centros de diversidade biológicos e de atração turística através dos parques nacionais ou outros tipos de zonas protegidas em numerosos países. Apesar da sua importante contribuição para o desenvolvimento sustentável, as montanhas africans não estão ainda totalmente exploradas e conservadas.

Os seus habitantes são entre os mais pobres do continente e pressão exercida sobre os ecossistemas de montanha degrada os recursos locais como os ecosistemas e as condições de vida das comunidades à jusante.

Para garantir uma gestão duradoura das montanhas africanas, será preciso elaborar novas estratégias para cuidar das questões socioeconómicas, legislativas, institucionais e técnicas.

Convém igualmente ter-se em conta a vulnerabilidade da população pobre que nelas mora e os seus ecosistemas durante a elaboração dos planos de desenvolvimento gerais, regionais, nacionais e internacionais.

Para os peritos deste encontro, será preciso criar mecanismos e dispositivos institucionais à escala sub-regional e no seio das comunidades das montanhas para favorecer e coordenar as iniciativas de desenvolvimento sustentável nas regiões montanhosas.

-0- PANA IT/TBM/CJB/DD 25out2011